Quem Sois?

Ando a fazer uma recolha para uma comunicação sobre a feminização assimétrica na Educação. Leia-se… muitas professoras nas escolas, mas proporcionalmente muito menos nas estruturas de gestão escolar, nos organismos “representativos” ou em cargos de decisão política. Para isso, ando a recolher dados sobre a presença feminina nos órgãos sociais de associações de professores, sindicatos, associações de directores, conselhos disto e daquilo.

Uma coisa que (me) chateia é quando chego a um site e na parte do “quem somos”, não aparece quem são, mas o que são. Maiores ou menores descrições do que pretendem, o que defendem, etc. Ou seja, o que são. Mas em diversos casos esquecem-se do “quem”. Em especial no caso de alguns sindicatos de menor dimensão, mesmo que tenha sido fundados há mais de 20 ou 25 anos, um tipo tem de andar a espiolhar documentos, notícias ou outras pistas ocasionais, para conseguir perceber quem é que está na própria direcção, para além da figura que dá a cara quando vai negociar ao ME. Ou há quanto tempo foram eleitos, etc, etc. Num dos casos, a presidente da Direcção tem o nome com duas grafias, conforme a documentação consultada; em outros dois, pelo menos, só por adivinhação se percebe quem dirige a coisa. Mais difícil só mesmo saber quantos associados têm. Alguns sites são manifestamente contra-intuitivos ou mesmo “desamigáveis”. Em contrapartida, o das associações de professores disto e daquilo, são em regra bastante funcionais e claros.

A parte boa foi que encontrei – embora com alguma desactualização – a lista de d@s mais de 800 @s director@s que a própria dgeec diz desconhecer. Curiosamente, num outro serviço do ministério… tanta plataforma para quê, se não conseguem articular as bases de dados que se vão sobrepondo? Tanta conversa sobre o século XXI e a transição digital e tudo está compartimentado e estanque?

Contra-Propostas: SPLIU

Na falta do documento em si, fica o comunicado:

SPLIU ENVIOU CONTRAPROPOSTA AO MECI SOBRE A RECUPERAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO NÃO CONTABILIZADO

A Direção Nacional do SPLIU reuniu, no dia 9 de maio (quinta-feira), para apreciar e finalizar a sua contraproposta sobre o tempo de serviço congelado e ainda não contabilizado a Educadores e Professores.

Ratificado o documento por este órgão estatutário do SPLIU, o mesmo foi enviado de imediato ao Senhor Ministro da Educação, com o objetivo primordial que o mesmo possa ser analisado antes da realização da próxima ronda negocial, agendada para a próxima segunda-feira, dia 13 de maio.

A contraproposta do SPLIU, elaborada com objetividade, pragmatismo, flexibilidade, e, sobretudo, um enorme sentido de responsabilidade, defende a recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias de serviço, ao longo de 4 anos, com uma taxa de esforço por parte do Estado de 30% nos dois primeiros anos e 20% nos 2 últimos anos, explicitando os motivos para a formulação de tal diagrama.

Na contraproposta enviada ao MECI, o SPLIU enumerou ainda os aspetos que no documento apresentado pela tutela, merecem tendencial concordância da sua parte, não deixando de evidenciar, com bastante ênfase, os aspetos com os quais discorda liminarmente, designadamente, no que se refere à proposta de interseção da recuperação do tempo de serviço não contabilizado com os efeitos da operacionalização do DL nº 74/2023, de 25 de agosto, e a sua revogação.


Lisboa, 9 de maio de 2024

A Direção Nacional

Sábado

Não acho que o “sistema” seja regenerável a partir de dentro, muito menos a partir de pseudo-regeneradores oportunistas como o Ventura e a sua corte. Como se viu pela luta por lugares do Parlamento, apenas querem ter a sua parte no bolo e chegar onde os outros chegam. Quanto a isso, não exista qualquer ilusão. O sentido de serviço público desapareceu quase por completo e, à primeira oportunidade, arranjam-se as justificações mais ligeiras para fundamentar a migração para posições que enchem mais os bolsos.

Isto não é “populismo”, mas a mera observação do que nos rodeia.

Pedro Costa, até há dez dias presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, vai assumir as funções de diretor-geral do GCI Media Group. “Estou altamente confiante de que o Pedro Costa, assumindo a direção geral, vai contribuir fortemente para o elevar ainda mais do patamar de qualidade dos nossos serviços e potenciar novas oportunidades de desenvolvimento dentro das diferentes agências do grupo”, diz citado em comunicado André Gerson, CEO do grupo que agrega a GCI, a Media Consulting, a agência de eventos WMK, a Sonomage, a SSI – SustainableSocietyInitiative e a Meraki, agência de comunicação em Angola”.

Pedro Costa, filho do ex-primeiro-ministro António Costa, é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa e pós-graduado em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação pelo ISCTE. “É com muito entusiasmo que aceito este desafio, como diretor-geral, colocar ao serviço do GCI Media Group a minha experiência em comunicação institucional, acompanhada do conhecimento que a atividade política me deu nos últimos anos. É um regresso ao mundo da consultoria de comunicação e relações-públicas focado no crescimento deste grande grupo que é o GCI Media Group”, refere Pedro Costa.

O agora diretor-geral renunciou recentemente ao cargo de presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, alegando ter chegado a um ‘limite’ nas relações políticas e institucionais com Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa. “Sinto que cheguei ao meu limite face ao silêncio da Câmara Municipal, disse o autarca através de uma carta dirigida aos munícipes de Campo de Ourique. “É difícil dar a cara junto dos eleitores com a falta de informação de que disponho e sinto que é impossível, com a energia que me resta, garantir as prioridades certas para a freguesia de Campo de Ourique. Este ponto de encontro entre a falta de condições pessoais e políticas é a pedra de toque da decisão que aqui partilho“, escreveu, numa mensagem aos munícipes no dia 30 de abril.