Saídas

Former Teacher Says The Pace Of Her New Corporate Job Has ‘Healed’ Her Mental Health — ‘That’s Literally All You Expect Of Me?’

She can’t believe some of her co-workers have any complaints.

(…) She couldn’t believe how easy this sounded. “I thought to myself, ‘What?! That’s literally all you expect of me?! I don’t have to juggle 10,000 things all at once, all of which are absolutely urgent, and even though I’m trying my best, I’m still doing it wrong?!’” she said.

Agenda

A coisa fica entalada entre dois feriados, na próxima 6ª feira à noite, dia 31, o que é algo ingrato mas, basta ler o título, para perceber que vou desalinhar e tentar participar com “evidências” e não com dogmas de uma qualquer fé. Vejam lá que até perguntei aos meus alunos o que pensam disto e tenho um montão de respostas para partilhar.

E gosto sempre quando convidam um professor da terra para estas coisas.

Mesa Redonda: ‘Eu Não Gosto de Ir à Escola, mas Gosto de Aprender’

Com esta mesa-redonda pretende-se que os convidados partilhem os seus conhecimentos e experiências no âmbito do ensino e da educação, através de saberes e evidências, que contemplem as consequências do bullying e ajudem a compreender a falta de motivação e interesse pela escola por parte dos alunos; por outro lado, a resiliência do aluno e a vontade de aprender, e o professor como referência no desenvolvimento das aprendizagens;

Com a participação da pedagoga Luzia Mara Silva Lima-Rodrigues, Paulo Guinote, professor no Agrupamento de Escolas Mouzinho da Silveira, José Miguel Oliveira, psicólogo educacional, de Alhos Vedros, pretende-se trazer explicações para as dificuldades dos alunos que sofrem este flagelo, e ajudar a ultrapassar esta barreira no acesso ao sucesso escolar e ao gosto pelas aprendizagens e pela escola. Nesta 3ª edição da Festa da Leitura, a escolha deste tema, a sua pertinência e atualidade será uma oportunidade para ouvir e trocar ideias com este conjunto de especialistas de reconhecido mérito na área da educação e do ensino, no ano em que se comemora o 27º aniversário da Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça na Moita a trabalhar em prol da leitura no concelho.

As Habilidezas Do Costume

Desta vez li o texto com atenção, pelo que o que vou escrever não é a “quente” ou com “filtros”. Na entrevista que deu (como seria de esperar…) ao Observador há uns dias – a que só agora acedi na totalidade – o novo ME(CI) não resiste à tentação de retorcer as coisas à sua maneira.

Eu passo a mostrar a passagem:

A verdade? Os do 10º não ganham nada, assim como os do 9.º que estejam no último ano do escalão. Os que estiverem em outros anos só conseguirão recuperar uma ou duas parcelas, assim como os que estão no final do 8.º. Aliás, penso que ninguém destes escalões conseguirá recuperar o tempo que lhe foi roubado. O que dá quase 30.000 pessoas.

O ME(CI) pode dizer outra coisa, mas haverá, no mínimo, mais de 15-16.000 professores que nada irão verdadeiramente recuperar e uns 13.000 que recuperarão parcelas, mas não a totalidade. Aliás, não havia qualquer necessidade de “bate-boca” com o Super-Mário, porque nenhum deles tem toda a razão, embora tenham parte dela. Não é verdade o que disse o ministro, porque todos aqueles que progredirem até 31 de Agosto ao 10º escalão (e que estão agora no 9º), também nada irão receber.

Era desnecessária esta forma de jogar com os números. Até porque são muitos mais os que beneficiarão apenas de uma ou duas parcelas. É melhor do que nada? Sim, claro, mas isso não justifica o malabarismo estatístico. É daquelas falsidades absolutamente desnecessárias.

Já agora, em vez de andar por aí muita gente já a fazer contas, não se esqueçam, em especial os dos anos “redondinhos” (se é que ainda os há, depois de tanto torcicolo), de ver qual a consequência da segunda parcela ser contabilizada a 1 de Julho e não 1 de Setembro de 2025, porque para fazer parangonas com 50% de recuperação “num ano”, talvez exista quem fique algo entalado. Mas isto é apenas uma pista que não fui explorar, porque estou para aqui a menos de meio de 140 fichas para avaliar.

A Oeste, Afinal, Nada De Novo

Deve ser isto a que chamam plano B. Ou C. Ou D.

Olá a todos, venho fazer-vos um pedido urgente, relacionado com as provas de aferição.

Devido a uma situação imprevista que nos foi comunicada por parte da gestão nacional do programa Escola Digital, antecipamos problemas de ligação à internet que afetarão os alunos.

Pedia, por isso, a vossa ajuda e colaboração:

Necessitamos de hotspots de docentes, para assegurar distribuição de carga de acesso à internet entre a rede da escola e hotspots.

Peço a vossa colaboração, entregando temporariamente o vosso hotspot para colmatar esta situação urgente, e inesperada. Para o fazer, podem entregar-me diretamente, ou na Direção, até sexta-feira de manhã, para que os possa preparar para os momentos de prova.

A cedência é temporária.

Lamento os eventuais transtornos, e agradeço a colaboração.

Com os melhores cumprimentos,  

3ª feira

A cada final de ano lectivo, vou tentando fazer a minha aferição pessoal das aprendizagens das diferentes gerações de alunos que vou tendo. Aplico uma arremedo de “teste global” no 5º ano, porque é o que me resta com 3 tempos semanais e dá para fazer alguma comparação. O teste (ui… que terminologia anacrónica, pouco inclusiva e flexível…) tem uma estrutura semelhante, as perguntas costumam, cobrir os mesmos conteúdos, pelo que dá para ver a evolução. Ou involução.

Mesmo descontando que eu próprio esteja mais cansado e deficitário na qualidade das aulas, é impossível não notar a progressiva incompreensão das questões e incapacidade de interpretar textos ou imagens ou de memorizar, sequer, o que foi feito em semanas anteriores. Não estejam sempre a culpar a pandemia, porque as raízes do problema são maiores. Este ano, apliquei um questionário cerca de uns 20% mais curto do que o do ano passado e nem por isso as coisas melhoraram. Ao nível da expressão escrita há um evidente descalabro. Quanto ao vocabulário, nem necessita de ser o “específico da disciplina”, a erosão é dramática. A quase década do costismo educacional do pedabobismo teve efeitos nefastos na desresponsabilização generalizada de quem, mal recebe a ficha, já está a perguntar “quando é a recuperação”.

Estamos em pleno domínio do erase and rewind, como se tudo pudesse ser repetido, após erro clamoroso. A vida, entretanto, ainda tem muito de analógico E se assim continuarmos, os efeitos – que até já se notam no quotidiano – serão complicados de gerir, a menos que mandemos as máquinas fazer tudo, à moda daquele profético vídeo do David Byrne,

Sim, eu sei que todas as gerações tendem a fazer este diagnóstico, mas desta vez há mesmo una “mudança de paradigma”.