3ª Feira

Para disfarçar de outros assuntos, enquanto também se confundem as coisas relativas às aprendizagens perdidas, por perder ou recuperar, andamos com a questão dos telemóveis nas escolas, como se isso fosse assunto de gravidade maior no contexto das organizações escolares e não algo mais vasto, que não atinge apenas a petizada, porque há muita gente adulta que anda sempre de roda do bichinho. Considerando-se que existe um problema de adição, ele vai muito além das escolas e deveria ser encarado na sociedade enquanto tal e as intervenções para o controlar a começarem pelas famílias. Quem promove este tipo de petições, para além dos nome giros, deveria preocupar-se, em paralelo, em desenvolver acções de sensibilização parental sobre a problemática, para o uso seguro e controlado das “tecnologias” não tenha de ser imposto de fora para dentro. Sendo dos que acha excessiva a dependência dos zingarelhos para tudo e nada, sou contrário a “leis secas” que culminam sempre em formas clandestinas de as contorna e, por definição, menos seguras e mais perigosas.

10 opiniões sobre “3ª Feira

  1. Sim, não será nem de longe nem de perto o principal problema. Mas é um problema. Não sei se passa pela proibição ou não, mas não vejo outra forma de resolver. Na escola onde trabalho é assustador ver aquelas crianças quase todas nos intervalos das aulas ou em furos, sentadas ou encostadas a uma parede a jogar no telemóvel, sozinhas e em silêncio.
    Depois, entram nas aulas sem comer, sem ir à casa de banho, sem ir ao cacifo buscar os livros e com mais dificuldade de concentração.
    Eu, se pudesse, proibia só nos intervalos.

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  2. Desta vez, só concordo em parte, com o Paulo. Sim, teoricamente, deveria ser de fora para dentro, mas como é impossível (porque os pais não se disciplinam) e porque a escola deve fazer a diferença e fazê-la sentir, os telemóveis deveriam ser mesmo proibidos, no espaço escolar.

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    1. Isso ia ser uma complicação tramada.
      Atenção… eu sou um reconhecidpp ludita. Tenho smartcoiso há 3 meses.
      Durante 12 anos tive um Samsung-Pedra, depois de uma experiência pouco interessante com uma geração precoce de telefones tochscreen.
      Por mim… tranquilo…

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      1. Não confundir direitos e deveres de alunos com direitos e deveres de professores. Aluno é aluno, professor é professor. Respeito mútuo, mas um aluno agarrado a um smartphone no intervalo das ulas não é a mesma coisa que um professor. Separemos o que é diferente.

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  3. Por uma questão de higiene mental, o melhor é mesmo as regras serem as mesmas! Mas, o aluno, ser em formação, não deveria mesmo estar agarrado a tal vício.

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