E Temos Ainda Pelas Escolas Uma Praga De Cucos

cuco é uma ave diferente do normal, não perde tempo a fazer o ninho nem a tomar conta das crias. Em vez disso procura o ninho de outra ave e coloca lá o seu ovo.

Para o cuco conseguir enganar a ave que vai tomar conta do seu ovo, tem que esperar que esta se afaste do ninho. Quando tal acontece, retira um dos ovos e coloca o seu. O ovo é semelhante aos outros em cor e tamanho para que o truque não seja percebido.

Como a cria do cuco é a primeira a nascer, a mãe ave não nota que é diferente e alimenta-a como se fosse sua. O cuco bebé lança os ovos da outra espécie para fora do ninho para se livrar da concorrência e ser o único a receber comida.

Em 2013, Ainda Não Tinha Chegado Ao Meio Século

Mas não me andava a esconder ou acoitado em confortos que depois se finaram. O que vale é dizer as coisas em seu tempo e não apenas quando são tão óbvias que até entedia. Tempos em que os mithás e venturas eram laranjas, os liberais já se encostavam ao Estado (português ou lá de fora), embora não seja de esquecer que havia muito futuro geringonceiro a fazer silenciosa travessia do deserto, a menos que andasse de olho em algum porsche que isto do “empreendedorismo” de sucesso não escolhe cores.

Que me seja perdoada a auto-complacência, que não pode ficar toda para os alheios.

Um Imenso Vazio

Discutem-se as potenciais alianças e cenários pós-eleitorais, a Justiça sob a pressão dos casos do momento, a Habitação com atraso, a Segurança Social de forma recorrente. A Educação desapareceu do radar, como se a promessa de recuperar o tempo de serviço coongelado dos professores (excepto a IL, com a sua acrimónia ancestral pelo ensino público e pelos professorzecos que lá fazem a sua vida profissional) pudesse fazer esquecer o desastre curricular e pseudo-inclusivo do costismo em versão ungiga pela OCDE que anda a idiotizar toda uma geração.

Verdade se diga que, de um modo ou outro, o neo-eduquês da treta une muita gente do bloco central a uma esquerda que confunde igualitarismo com mediocridade. sim, parece que há por aí uma divergências quanto aos “exames”, mas isso é apenas para encenar divergências. Reparem como ninguém fala – para além de umas linhas nos programas eleitorais, para dizer que coiso e tal – no regresso a uma gestão escolar verdadeiramente “flexível” e “aberta” , o que diverge muita de uma “autonomia” em nome próprio d@s director@s

A Educação foi perdendo prioridades ao longo das últimas duas décadas e isso explica o estado de esquecimento a que foram deixados alunos e professores. Uns, reduzidos a um ensino esquelético e “essencial”, sem essência, os outros, abandonados a um “envelhecimento” sobre o qual se despejam “formações”, contratualizadas a clientelas e freguesias e reduzidas a “capacitações” e incapacidades.

Uma profunda e anémica tristeza.

Nas rádios, justiça uniu partidos, e financiamento da Segurança Social distinguiu-os