Discutem-se as potenciais alianças e cenários pós-eleitorais, a Justiça sob a pressão dos casos do momento, a Habitação com atraso, a Segurança Social de forma recorrente. A Educação desapareceu do radar, como se a promessa de recuperar o tempo de serviço coongelado dos professores (excepto a IL, com a sua acrimónia ancestral pelo ensino público e pelos professorzecos que lá fazem a sua vida profissional) pudesse fazer esquecer o desastre curricular e pseudo-inclusivo do costismo em versão ungiga pela OCDE que anda a idiotizar toda uma geração.
Verdade se diga que, de um modo ou outro, o neo-eduquês da treta une muita gente do bloco central a uma esquerda que confunde igualitarismo com mediocridade. sim, parece que há por aí uma divergências quanto aos “exames”, mas isso é apenas para encenar divergências. Reparem como ninguém fala – para além de umas linhas nos programas eleitorais, para dizer que coiso e tal – no regresso a uma gestão escolar verdadeiramente “flexível” e “aberta” , o que diverge muita de uma “autonomia” em nome próprio d@s director@s
A Educação foi perdendo prioridades ao longo das últimas duas décadas e isso explica o estado de esquecimento a que foram deixados alunos e professores. Uns, reduzidos a um ensino esquelético e “essencial”, sem essência, os outros, abandonados a um “envelhecimento” sobre o qual se despejam “formações”, contratualizadas a clientelas e freguesias e reduzidas a “capacitações” e incapacidades.
Uma profunda e anémica tristeza.
Pois, mas votar na AD é também votar nos naturais aliados da IL que irão condicionar imenso o programa político (a nível económico até é a mesma treta do trickle-down neoliberal). Até já foram buscar o careca de Massamá…
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Não é meu hábito apelar ou indicar qualquer sentido de voto (excepto contra maiorias absolutas).
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Tenho alunos no 9.ºano que não escrevem com maiúscula inicial, nem no próprio nome. Parágrafos, pontuação, em alguns casos inexistentes. De ano para ano aumentam estes casos. Decidem-se provas digitais sem condições para a sua realização, a contar para nota dos alunos de 9.ºano. Ninguém quer saber, só os professores e alguns pais (não os da CONFAP, claro). Os problemas no ensino não se reduzem à recuperação do tempo de serviço, não. E sempre o temos dito, mas na campanha não se fala disso.
Já não consigo ouvir cenários e coligações. É patético e pobre. O esclarecimento claro das medidas propostas de cada partido para os problemas do país, neste tempo tão sensível, deveria ser o foco central de todos os debates e intervenções. Para uma votação consciente. Mas não, temos jogos e brincadeiras, picardias, uma paródia. O recreio das crianças.
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Ouvi um naco do debate enquanto conduzia. Só retive duas coisas que os intervenientes volta e meia repetiam instigados pelos jornalistas. Referências ao ausente mais presente e quem coliga com quem.
Esta safra de políticos nem para fazer água pé.
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Quando o tema da Educação vai se esfumando, algo se torna muito preocupante!
A Educação desapareceu do radar.
Então, submergiu para alguns, que não os “pilotos” (docentes) das aprendizagens, competências e despertadores/fomentadores de sonhos!
Aja periscópios para emergirem das “trincheiras” e acima das linhas d’água, para que todos vejam que Educação é uma prioridade e, não morreu!
Quanto valem para todos os Senhores e Senhoras Candidat@s à Assembleia da República, estas afirmações:
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo” – Nelson Mandela
“Uma nação que não respeita o professor, não respeita a si mesma!” – Roger Stankewski.
Não quer dizer com isto que os Senhores e Senhoras Candidat@s à Assembleia da República não respeitem os professores, mas importa conhecer mais aprofundadamente as suas medidas para o atual modelo de gestão das escolas (desagrada à maioria), o aumento da violência nas escolas, o excesso de burocracia, o descongelamento dos 6 anos, 6 meses e 23 dias de trabalho já efetuado, a contratação de mais professores, para os alunos nacionais e estrangeiros, vencimento, remodelação de infraestruturas e, renovação de equipamentos, a elaboração de um grande inquérito ‘online’ sobre propostas de melhoramento da Escola Pública, Modelo de Gestão das Escolas, Valorização da profissão docente, etc.
Atentemos também:
Malala esteve na ONU (12 de julho de 2013)e apelou à educação para todos e à tolerância
“Um aluno, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A educação é a única solução. Educação primeiro.”
(…) estou aqui para defender o direito à educação para todas as crianças”, disse Malala.
https://www.publico.pt/2013/07/12/mundo/noticia/malala-esteve-na-onu-e-apelou-a-educacao–para-todos-e-a-tolerancia-1600126
“Queridos irmãos e irmãs, o mundo dos adultos até pode perceber isto, mas as crianças não. Porque é que os países chamados fortes são tão poderosos a criar guerra mas tão fracos a criar a paz? Porque é que dar armas é fácil e dar livros é difícil? Porque é que fazer tanques é tão fácil, mas construir escolas é tão difícil?”, apelou Malala em Oslo.
A jovem disse ainda que “se vivemos numa altura em nada é impossível” e “se em breve poderemos aterrar em Marte”, o século XXI é a altura de transformar “o sonho da igualdade na educação” numa realidade “para todos”. Fonte:
https://observador.pt/2014/12/10/premio-nobel-malala-questiona-como-e-que-e-mais-facil-dar-armas-que-livros/
No Debátometro da Rádio Renascença (22-02-2023), entre 19 temas debatidos, a Educação estava em 11.º lugar, e a cultura e a ciência em penúltimo e último respetivamente.
Mas, antes dos debates, a Educação e a Saúde, eram os temas mais elencados pelos portugueses para serem mais debatidos?
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…”o neo-eduquês da treta une muita gente do bloco central a uma esquerda que confunde igualitarismo com mediocridade.” <——- isto tudo e isto tb ———> “…se despejam “formações”, contratualizadas a clientelas e freguesias e reduzidas a “capacitações” e incapacidades.”
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