Desculpem-me, Mas Tenho De Voltar, Com Brevidade Higiénica, Ao Bestial Hipócrita

Não consigo ter qualquer respeito político pela criatura. Acho-o de uma desonestidade intelectual ao nível de um gualterlemos, não por acaso outro fanático da ócêdêé.

E isto empre ajuda a disfarçar do descalabro do pisa. Que é um ranking, mas como é da “patroa”… não fica bem dizer mal.

Eu disse sempre que a reivindicação dos professores é justa e legítima. Depois tivemos de a enquadrar na gestão dos Orçamentos de Estado que tivemos e ver em termos de exequibilidade aquilo que é possível. Se houver uma gestão, que espero venha a ser liderada por Pedro Nuno Santos enquanto primeiro-ministro, que, em termos de opções orçamentais, consiga dar resposta a isto – como ele diz na sua moção – no quadro de todas as carreiras da administração pública que têm tempo para recuperar, obviamente que fico muito contente e mais contentes ainda ficarão os professores.

Coisas Soltas Do Pisa

Não ando com muita paciência para o assunto, em especial quando a explicação é… “piorámos como os outros”. Ora, com o mal dos outros posso eu bem. Ou então… “estamos na média”, quando durante anos ouvi dizer que o nosso sistema educativo necessita de “mudar de paradigma” para companhar o resto dos países “avançados”. Se todos desceram, provavelmente há erros graves nas políticas desenvolvidas, não apenas durante a pandemia. Sinceramente, fartei-me. As auto-desresponsabilizações já me enjoavam o suficiente, não precisava das externas. As “políticas globais” na área da Educação são uma m€rd@ e só não vê iss quem quer se nomeado para cargos, preferencialmente lá fora.

Mas há sempre coisas giras como…

Olhando os resultados que têm sido obtidos nos testes do PISA, é possível constatar que “muitos países, como a Finlândia, Islândia, Países Baixos ou Suécia, têm estado em queda na Leitura há já algum tempo, e, em alguns, casos há uma década ou mais”.

Ora bem… olhando para estes países encontramos o farol de alguma esquerda educacional, do tipo “vamos transversalizar tudo” e tal, na Finlândia é que sabem, e faróis de alguma direita defensora da “liberdade de escolha” e de uma “descentralização”, como são os casos da Holanda e da Suécia que também enlevam os homens cristos e observadores derivados, para não irmos até aos queirozezezes.

Vamos lá ser claros e concisos: o desastre de algumas políticas educativas constata-se no médio prazo, nada dá saltos súbitos de forma consistente. Assim como há trambolhões que se anunciam na estagnação de resultados, anos antes. Gostemos ou não da coisa, a verdade é que existiram experiências que correram mal. E querem saber porquê, pelo menos em parte? Porque certas teorias “inclusivas” esbarraram na parede em alguns países que viram a sua “diversidade” aumentar e não sabem lidar com ela de um modo lúcido.

A Educação não pode salvar o fracasso de políticas sociais erradas e repetidamente erradas, em governos da direita à esquerda, com muito poucos inocentes. Por acaso, Portugal conseguiu melhorar bastante os seus indicadores durante um período (de final dos anos 70 em diante) no qual foi obrigado a incluir muita gente no sistema educativo. Mas esse sucesso não foi reconhecido e temos uns engomadinhos a achar sempre que lá fora é que se faz tudo muito bem e que temos de nos “modernizar”.

O fracasso não é apenas dos oito anos de costismo, mesmo se ele agravou muito o que já existia… tem raízes mais profundas.

Quem avisou sobre isso em devido tempo, para além de razoavelmente ostracizado, foi desde cedo adjectivado de forma muito pouco caridosa, poucas vezes de modo frontal. Não venham agora pedir comentários sobre a coisa, a menos que estejam preparados para levar com um “feedback de alta qualidade”.

As modas partilhadas por certos “especialistas” de todo o arco da governação das últimas duas décadas vão dando os seus frutos, só faltando daqui a dois ciclos do PISA termos os “filhos do ubuntu costista”. E dos “projectos” com “selos” de qualidade. E da abelha distópica. E de tanto disparate que por aí anda, invocando de modo abusivo termos como “inclusão”, “equidade” ou “flexibilidade”.

Repito: há poucos inocentes, do Bloco “anti-exames” aos CDS/Liberais/Laranjinhas do Aviário da Linha da “liberdade de escolha”, não esquecendo alguns ex-ministros em fim de carreira, luminárias da Católica e Nova SBE ou dependentes dos feudos do PS, o menor deles não sendo o do eixo Porto-Gaia. Estão errados, lamento, mas sei que nunca o admitirão e se unirão contra quem lhes aponta o dedo. E têm o aparelho de Estado nas suas mãos e demasiadas cumplicidades mediáticas. Todos se protegerão, cheios de “respeito” entre si, por muito que encenem divergências. A verdade é que apenas divergem no “ritmo” da asneira.

3ª Feira

Manhã de resultados do PISA 2022, ao que parece ocupado em saber se os alunos usam os conhecimentos adquiridos na escola na sua vida quotidiana, ou seja, a “educação para o concreto”. que é aquela forma de anti-intelectualismo que a OCDE tem andado a promover de forma muito activa. Seja bom ou mau o desempenho, se essa for a preocupação, estamos a reduzir a Educação ao utilitarismo mais básico.