Mais Um Prémio “Ascenso Simões”

Em época  de rescaldo do ano que se aproxima do fim, mais um prémio  Ascenso Simões. 

Está a ser difícil, com tanta oferta, eleger o Top3 do ano 2023, mas os premiados são sempre os mesmos: os que, através de petas, farsas e até calúnias, nos conduziram a este desGoverno.

(“Diretor clínico do Centro Hospitalar do Algarve demitiu-se”, Notícia tsf; Debate da especialidade Orçamento de Estado para 2024, Canal youtube PS; Jornal das 12, Rtp 3, 1 de fevereiro de 2023; “Primeiro Período Termina com Milhares de Alunos Sem Professor”, Manuela Micael, CNN; Estudo da ANDE, 31/03/2023; “João Costa no início do ano letivo”, Sic Noticias)

4ª Feira

É admirável a forma como a comunicação social espera pacientemente pela narrativa oficial do ME sobre os resultados das provas de aferição. Se não existe relatório global, que sentido tem o envio dos resultados locais para as escolas? Já agora, se a transição para o digital visava aligeirar (alegadamente) o trabalhos dos professores e facilitar/acelerar a classificação (ou codificação) das provas, porque está tudo tão atrasado? Afinal, de que servem resultados a chegar quase no Natal e um relatório para o Ano Novo? De que adianta? Até porque dá a entender que será apenas uma manobra de spin e pouco mais, porque há muito se fala nos bastidores do que foi a recolha e tratamento da informação. Por acaso, tudo isto acontece ainda a tempo de se perceber que o “legado” que nos deixa o habilidoso e bestial ministro, que deveria ter a coragem de não se esconder atrás de explicações manhosas, sempre numa atitude de auto-desculpabilização que já merecia que o longuíssimo benefício da dúvida terminasse.

Porque já sabemos que teceu uma rede de contactos pela comunicação social e pelas escolas que, graças às suas capacidades de “sedutor” e ilusionista, conseguiu com falinhas mansas e muita hipocrisia, enganar quem estava disponível para ser enganado. Até compreendo quem tinha ambições de chegar a algum lado com uma atitude de colaboração, mas já me custa entender quem tem por missão informar a opinião pública e não embarcar em cantorias mal amanhadas, na base da soinsice politicamente correcta.

Uma Educação verdadeiramente “inclusiva” e que promova a “equidade” ou “justiça social” não é nada disto. Quem tem de lidar com os problemas reais, no seu dia a a dia, sabe que isto é um engano e um engodo. Que andam a vender ilusões de forma demagógica e que não é “má língua” ou “bota-abaixo” quem tem experiência e lucidez suficiente para ver mais longe do que o seu “quintal” ou “umbigo”. Só que por cá, quem enfia barretes leva muito a mal quem avisou a tempo que o barrete lhes estava a ser enfiado até ao pescoço.

Como podemo acreditar numa “informação de qualidade” que espera o tempo que for preciso pelas narrativas oficiais, sem se afirmar de modo independente? Concorco com o que Bárbara Reis escreveu há um par de semanas… é muito bom desconfiar.