Foi Um Descalabro De Criar Bicho, Que Nem Nos Tempos Da Outra Senhora

Por enquanto, sem acesso aberto e sem qualquer explicação sobre os resultados que, quase certamente, serão atribuídos à pandemia e às greves, que tanto foi dito que não afectaram nada.

O bestial ministro vai sair, mas não será sem que se veja o seu “legado” trágico. Estes resultados são de “antologia”, no pior dos sentidos. Mas não são os únicos.

Disponibilização dos RIPA e dos REPA

Safam-se Os Cartazes

No resto, são iguais a todos os outros, quando chega o cheiro de lugares e de uma eventual maior proximidade ao poder. A corrida à gamela só é diferente na qualidade do serviço de engomadoria.

Problemas com as listas de deputados estão a avolumar-se. Se a deputada bater com a porta, críticos da direcção preparam-se para constituir uma facção interna de oposição organizada.

Lote 1

Lamento se andar com pouco tempo e disposição para escrever, mas recebi um par de lotes de material que requer muita atenção e a devida arrumação, após imoderado consumo (o segundo lote é de natureza mais “histórica”, remontando aos meus tempos de petiz). No caso do IR$ até já tenho a edição completa do Público, mas assim a prateleira fica com ar mais sofisticado.

Merchandising De Natal

Chegaram-me hoje duas propostas muito interessantes de rentabilização da imagem, a partir da “obra” de dois “artistas” que não me estimam muito. Fico com os protótipos, mas não alinharei na produção em massa, não apenas por questões de direitos autorais, mas porque assim, na sua singular originalidade, irão ganhar um muito maior valor na posteridade.

5ª Feira

Desconfio sempre que o estado central fala em “descentralização”, pois soa-me sempre a falso e a truque para criar novas camadas de clientelas partidárias. Basta ver como reagem perante poderes intermédios como as ordens profissionais para se entender que raramente se prescinde do poder e, pelo contrário, aquele que escapa ao controlo directo é encarado como ameaçador. Como a cartilha e a memória são curtas, apresentam-se as ordens profissionais como “emanações do Estado Novo e do Estado corporativo”, mas o deputado Brilhante Dias até tem idade (parece mais jovem, mas já dobrou a cinquentena) para ter aprendido ainda alguma coisa de História (mesmo se é especializado em “Ciências Empresarias” e professor desse tipo de coisas no isczé, o que para mim seria ofensa) para saber que as ordens profissionais ainda são mais antanhas, pois remontam às guildas medievais. Mas o aroma da ssociação ao “fascismo” é mais tentador do que apenas as qualificar de resquícios da medievalidade, porque ainda era capaz de não assustar ninguém. O problema, real, é o medo de que algumas profissões escapem aos mecanismos domesticadores dos poderes e interesses centrípetos.