Não, Obrigado!

Não me apetece dar a ganhar a quem acha que eu não mereço o que ganho e me ofende, semana sim, semana não, em troca de estipêndio avultado, sem qualquer verificação de disparates.

Caro Professor
Paulo Jorge Alves Guinote

Já selecionou os livros a propor aos seus alunos para o Projeto de Leitura?

Com as três novas edições das obras de Miguel Sousa Tavares, o difícil será mesmo escolher, pois a operacionalização do projeto será garantidamente fácil. A pensar nisso, preparámos todos os materiais de apoio para a leitura de cada obra: contrato de leitura, ficha de leitura, guião de apresentação oral, grelha de avaliação, etc.

 

7 opiniões sobre “Não, Obrigado!

  1. O que fazem para vender .
    Acho inacreditável .
    E designações pomposas? “Projeto de Leitura” , “novas edições das obras ” ,” materiais de apoio ” é de tão difícil escolha … que o preferível será não optar por nenhum.

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  2. As editoras somam e seguem… Os manuais gratuitos que dantes traziam o caderno do aluno, com atividades, exercícios, resumos, agora são pagos… Manuais de 30 e muitos euros… Os professores são tidos como uns incapazes que precisam de fichas, fichinhas, grelhas, grelhinhas para poderem fazer interpretação e análise. Vem tudo feito, tudo mastigado…
    E cansados de tanta burocracia, de tanta falta de tempo para ser criativo, muitos professores cedem…
    Agora, quanto a esse escrevinhador, uns são escritores, outros editam livros, concordo com o Guinote. Cartas dessas deviam ser consideradas assédio.

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    1. Essa é uma questão crucial. O professor, em vez de ser visto como um profissional que é, por definição, um intelectual — portanto, também, alguém capaz de expor conteúdos e de produzir actividades — é reduzido ao estatuto de mero aplicador. Já estive em escolas em que os alunos olhavam de lado e sorriam sardonicamente quando eu apontava imprecisões, ou mesmo erros, nesta ou naquela página do manual, ou simplesmente quando, por me distanciar do estilo de abordagem, apresentava outros materiais (que, em alguns casos, consistiam, também, em partes de outros manuais). A reacção denunciava encarnava o seguinte comentário não verbalizado: “Este aqui deve pensar que sabe alguma coisa. Se soubesse, não era professor.”.

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    2. “E cansados de tanta burocracia, de tanta falta de tempo para ser criativo, muitos professores cedem…” Não acredito nessa explicação (mas como gostaria que ela fosse verdadeira…). Julgo que a maior parte dos professores que abdicam da sua responsabilidade de preparar devidamente as suas aulas — e a produção dos recursos faz parte dessa preparação — o fazem por preguiça e, sobretudo, por desvalorização das suas disciplinas e do saber em geral. Pela minha parte, se tiver que escolher, prefiro descurar outras obrigações profissionais (as burocráticas) a descurar a preparação das minhas aulas. E mesmo que, em certos casos, a recompensa por parte de quem me interessa, isto é, os alunos, fique aquém do que desejaria, não encontro aí justificação para me desleixar. Imponho-me certos limites — recuso-me a trabalhar noite dentro, abdicando do tempo de leitura e de lazer –, mas, mesmo assim, trabalho fora da sala de aula largas horas para além daquilo que devia atendendo ao horário de 35 horas e ao salário correspondente.

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