Ao Entardecer

Fotos da Cristina Mota e da Eulália Paulo. A apresentação não foi para projectar, mas apenas para guiar as respostas relativas à contextualização do tema do analfabetismo e da alfabetização em Portugal. Até porque foi o que estudei durante uns anitos, principalmente na perspectiva da Educação Feminina.

Degenerescência Digital

As notícias sobre a urgência de manutenção dos kits tecnológicos comprados a baixo preço para a pandemia não são exageradas. Não só porque os equipamentos estão a estragar-se a um ritmo acelerado, mas também porque os próprios alunos se começam a desligar de os usar e nem sempre os zingarelhos pessoais são os mais adequados a fazer tarefas.

Sendo fiel à lógica de ir integrando práticas de ensino “híbrido” e de estudo “assíncrono”, tinha como objectivo ir deixando uma ficha formativa a cada 2-3 semanas no Classroom, mas já vi que a coisa cada vez vai correndo pior, em especial se formos depender dos meios “domésticos” e dos ditos para as cumprirem, mmesmo trazendo para as aulas.

Em 4 turmas de HGP (cerca de 95 alunos), a ficha de meados de Janeiro ainda teve um retorno ao nível de 2023 (entre os 65-70%), mas a de Fevereiro já entrou em colapso (32 respostas, menos de 35%). Mesmo estendendo prazo até esta semana. Nem quero ver os resultados da ficha de Março.

No caso das duas turmas de 5º ano, o retorno veio para menos de 50% logo em Janeiro. Em grande parte, porque nem equipamentos funcionais têm.

Querem a transição digital na Educação?

Recomecem o processo. Pelo papel. Síncrono. Que isto do trabalho em casa, “autónomo” e “responsável” só mesmo para quem delira.

6ª Feira

Estes dias são propícios ao aparecimento de figuras em busca de poiso, quais caracóis em noite de chuva. No noticiário matinal da TSF repescaram-se dois: a partir de uma entrevista televisiva, o liberal Rui Nuno (outrora mais conhecido como o gajo dos tuítes parvos) conseguia dizer tudo e o seu contrário sobre uma eventual participação num governo da AD. Ele acha pouco provável um acordo de governo, mas “natural” a sua participação se existir, só não se sabendo em que pasta. Mas, numa era de homens de escassas qualidades e raramente executivas, tudo é possível. Outro cromo a emergir nos último par de anos é aquele Paulo Pedroso que o PS ostracizou, como cordeiro a sacriricar em nome da equipa. Atravessado um deserto que já acha longo, considera que o PS precisa de gente nova, porque os actuais dirigentes estiveram muito tempo no poder.e é preciso gente com “abertura” à sociedade e às outras forças políticas da esquerda. pensa que esta última parte era a especialidade, exactamente, do pero Nuno e mais próximos. Quanto á abertura à “sociedade”, não é difícil recuperar declarações em que este Pedroso associou tudo o que era contestação social a interesses “corporativos”. Mas como a Memória anda curta, a História é apenas para velhos e, para além do OMO, acho que o Persil também lava mais branco e até o Fairy já não é apenas para louça…. anything goes.