O equilíbrio é complicado de achar e o dilema é clássico. Até que ponto estamos dispostos a que devassem a nossa vida em nome de a tornar mais segura ou até que ponto estamos disponíveis para correr riscos para ser menos prisioneiros?
Discordo da formulação que afirma que só quem tem culpas ou coisas a esconder é que está contra a vigilância, assim como os métodos de séries como a “24” parecem muito bem para “salvar vidas”, mas a realidade é que muita gente acaba a sofrer sem que se tenham quaisquer provas concretas.
Não tenho qualquer ilusão acerca da forma como já somos controlados ao mais ínfimo pormenor por empresas e poderes públicos, através das contas bancárias, dos pagamentos que fazemos com cartões, das portagens, dos canais que vimos, dos sites que visitamos. Temos uma liberdade já diminuída e uma privacidade quase nula. Até que ponto estamos disponíveis a ceder o resto, quando nos acenam com o risco da morte?
E há sempre aquele outro dilema de saber se há vidas que valem mais do que outras, em especial no plano dos Estados, porque é óbvio que individualmente cada um defende, com toda a razão, a sua e a dos seus como as mais importantes.

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