Confiança

Demora algum tempo a conquistar-se e mantê-la é apenas fácil quando se baseia a relação com @s alun@s na clareza dos princípios e das práticas, não em teorizações fofinhas ou autoritárias, quase sempre associadas a quem ou precisa de se sentir desesperadamente adorad@ ou temid@. Sabem quase tod@s @s meus/minhas alun@s que prefiro resolver os nossos diferendos dentro daquelas quatro paredes, com porta aberta ou fechada, tanto se me faz. A el@s devo-lhes boa parte da minha auto-estima em matéria de justiça para com o próximo, pois ao longo do que já vão sendo muitos anos nunca fui acusado de ter procurado prejudicar fosse quem fosse ou, em contrapartida, beneficiar injustificadamente alguém. Se há espaço onde sempre me habituei a sentir seguro nas escolas por onde passei foi a sala de aula, apesar de todas as dificuldades com algumas turmas mais duras, eventuais faltas de civilidade a corrigir e de alguns fortes confrontos de ideias, resolvidos conforme a idade média das turmas.  Mas, mais ou menos rapidamente, tudo acabou por se esclarecer e sempre consegui que a sala de aula fosse um espaço de confiança mútua. Não de adulação ou de medo. E há muito que sei que, em caso de aflição, seriam sempre el@s quem melhor me defenderia. Pudesse eu dizer o mesmo dos adultos.

Minion

Azeiteiro

Não consigo ter pachorra para este gajo, não sei se é dos caracolinhos, se do ar de engonhado arrogante. Parece daqueles kapos que para estarem na mó de cima e nas graças dos mandantes têm sempre de estar a tentar infernizar a vida aos outros. A única diferença é que parece ter saído de um sketch falhado do malucos do riso.

Dssel

O Aprendiz

Cavaco Silva tem dúvidas e precisa de garantias sobre a solução governativa do PS com apoio do Bloco e do PCP. Devemos congratular-nos por ele ter aprendido alguma coisa com as assinaturas de cruz em tudo o que o engenheiro lhe meteu à frente, incluindo as ruinosas PPP. Pensando bem, a aprendizagem da dúvida e da necessidade da garantia foi mesmo rápida, pois há bem pouco tempo assinou a privatização da TAP com os riscos da dívida a ficarem todos na esfera pública.

Cagarra

Equipa Multidisciplinar

Uma das poucas coisas certas da vida, a partir de Outubro, aqui pela minha rua, é a chegada de uma equipa de três profissionais altamente especializados cerca das 8.05. Um, empunha um zumbidor soprador de folhas caídas que as muda de lugar. Outro, com uma vassoura, volta a mudá-las de lugar, fazendo montinhos. Uma terceira pessoa, com uma lentidão longamente estudada, vem com um veículo de recolha de lixo e uma pá e, em conjunto com o anterior, recolhe as folhas – se entretanto o vento não as levou de novo para os lugares originais – em sacos, que depois são deixados durante o resto da semana encostados aos prédios ou às árvores, à espera que um cão se irrite e os rasgue à dentada, libertando as folhas do seu cativeiro.

Considero esta forma de recolha de folhas um enorme salto qualitativo em relação ao velho e arcaico método em que uma pessoa com uma vassoura e uma pá as recolhia apenas numa etapa do processo, deitando-as logo para o contentor do lixo.

Afinal, o progresso existe (embora não funcione com chuva miudinha e faça uma pausa pelas 8.45 para um cigarrinho, estando tudo resolvido antes das 9.00, após um belo pedaço de zumbideira gratuita).

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