Da Causalidade Lógica e Factual

Vamos lá a escrever 100 vezes no quadro de ardósia:

Sociedades desiguais e injustas (na distribuição de rendimentos, capital cultural e tempo livre) produzem sistemas educativos desiguais e injustos que, por sua vez, se reflectem nos resultados dos alunos que dão origem aos rankings.

Não são esses resultados ou a sua publicação em rankings que produzem uma sociedade desigual e injusta ou determinam a desregulação dos horários de trabalho, o trabalho precário ou os baixos salários que levam a que as famílias dos alunos e eles próprios tenham condições muito desiguais na sua vida quotidiana e escolar.

BArtsimpson

(não é a fotografia ou a roupa que me fazem gordo… )

(o resultado nos rankings é irrelevante se, a tempo, se entrar na teia das juventudes partidárias, tecnoformas, relvices ou galambices sortidas…)

12 opiniões sobre “Da Causalidade Lógica e Factual

  1. Falta um 3º parágrafo a ser escrito tb 100 vezes na ardósia.

    Começaria talvez por uma adversativa:

    “No entanto……(pensando melhor, o melhor é dar liberdade ao Bart Simpson para desenvolver a ideia)

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    1. Em coerência, apelo a que exija o fim das pautas de avaliação de final de período e de ano.
      São humilhantes, nada têm de científico e só servem para dar uma noção errada da qualidade dos alunos, quando medidos por uma escala redutora.

      (concordo com parte do que escrevi… há é quem não concorde, a menos que seja para aplicar aos rankings)

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  2. já não leio o ranking porque não reconheço legitimidade científica a essa medição mas infelizmente tem impacto no povo, que o usa para classificar a qualidade das escolas.

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  3. Acho os rankings ironicamente deliciosos.
    Se a maioria do “povão” que fica indignado por a escola do filho não ser a melhor fosse mudar os seus filhos para as “melhores” escolas, o que iria acontecer? (não precisam de responder) 🙂

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  4. Como alguém publicou (concordo com o comentário do Mário Silva), o fundamental é Finland has the lowest wage inequality of any country in the EU, while the UK has the highest (pdf). Child poverty in the UK is double that of Finland (pdf). If legislators in the UK want to improve educational outcomes for all, they should start by closing those gaps rather than introducing more grammar schools. 🙂

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    1. Fui eu que publiquei, certo? 🙂

      O meu problema é que quem é contra os rankings não é contra as pautas de final de período e ano.
      E, por exemplo quando acompanho a petiza nas provas de Desporto Escolar, não é contra as classificações hierarquizadas nessas provas dos alunos e das equipas.
      Sim, estou a ser redutor, mas cansam-me as lógicas pela metade.

      Mais um exemplo: o Alexandre Henriques que escreveu “maravilhas” sobre os rankings no Público foi dos primeiros a apontar o dedo às escolas por mau desempenho nas provas de aferição da “sua” disciplina. Eu também não vejo numa “legitimidade científica” àquelas provas.

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  5. Cara F… certamente uma falha na forma como encara a seriação de escolas e alunos. Afinal… só servem – nos dois casos – para uma classificação simplista, hierarquizada e descontextualizada do desempenho.

    Ou há coerência ou andamos a brincar aos argumentos.

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    1. Vejamos:

      “Não são esses resultados ou a sua publicação em rankings que produzem uma sociedade desigual e injusta”.

      Claro que não produzem. O verbo “produzir” não faz sentido aqui. Mas servem para manipulação entre escolas públicas e privadas perante a opinião pública. Não vejo mais nenhuma razão para estes rankings. A não ser que as escolas menos bem colocadas tivessem um enorme upgrade financeiro e não só.

      “O meu problema é que quem é contra os rankings não é contra as pautas de final de período e ano.”

      Volto a repetir que não vejo qualquer falta de coerência porque estamos a lidar com situações diferentes. Uma a nível de cada escola; outra a nível nacional e publicada.

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