Iniciativa Legislativa para contagem de tempo de serviço dos docentes
entregue na Assembleia de República
Às 00h00 horas do dia 10 de julho (terça-feira) é formalmente entregue na Assembleia da República (AR) a Iniciativa Legislativa para consideração integral do tempo de serviço docente. A entrega realiza-se, nos termos da lei, através de submissão eletrónica no site do Parlamento.
A Iniciativa Legislativa traduz-se no texto de um projeto de lei que, tendo reunido (e superado em cerca de 4%) as 20 mil assinaturas de cidadãos necessárias, será agora admitido para discussão e votação no parlamento.
O projeto de lei prevê, sendo aprovado, que os 9 anos, 4 meses e 2 dias sejam contados com efeitos imediatos na carreira e remuneração, no dia 1 de janeiro de 2019, sem qualquer efeito de faseamento e anulando os obstáculos e atrasos criados pela existência de vagas em certos escalões da carreira.
A ILC é a primeira ação do tipo a recolher as assinaturas integralmente através da plataforma eletrónica da AR (que estreou) e a ser tramitada com base na nova lei que definiu o limite de 20 mil assinaturas. A ILC atingiu esse limite de assinaturas em apenas 60 dias (2/3 do tempo legalmente disponível). A Comissão Representativa presume como razoável que a esmagadora maioria das assinaturas seja de docentes.
Não sendo uma petição, a ILC não se traduz numa mera recomendação ou pedido dos cidadãos, mas sim, na abertura de um processo legislativo, que correrá nos mesmos termos em que aconteceria se fosse projeto apresentado por deputados. Após a admissão final deste projeto de lei, os deputados podem apresentar projetos próprios sobre a mesma matéria. (O texto da iniciativa pode ser lido aqui https://participacao.parlamento.pt/initiatives/76).
Os grupos parlamentares vão ser contactados para reuniões com a Comissão Representativa da ILC para analisar os termos do projeto de lei e suas intenções, até porque é muito provável que a discussão da ILC seja feita em tempo próximo ao debate do Orçamento de Estado.
A relevância da ILC salienta-se no atual momento das negociações entre Governo e Sindicatos. Vários partidos têm vindo a dizer que desejam solução para o problema dos 9 anos, 4 meses e 2 dias não contados e a ILC dá-lhes a oportunidade de, no sítio próprio para fazer leis, tomarem a iniciativa de produzir uma solução, aprovando a ILC ou produzindo normas alternativas. Destaca-se que uma parte do problema presente se relaciona com o não cumprimento pelo Governo da determinação (legal), incluída no Orçamento de Estado de 2018, que, para mais, foi reforçada por resoluções do Parlamento.
A ILC é uma iniciativa de docentes, que gostam de salientar que dão aulas todos os dias, e é independente de partidos políticos e sindicatos. Suscitou até comunicados críticos da FENPROF e do PCP. Neste último caso, foi até, lamentavelmente, posta em dúvida a condição de docentes dos proponentes, facto que a Comissão repudia de forma veemente, dado ser constituída por 8 docentes em funções e, na sua composição alargada, incluir ainda outros cerca de 20 docentes de todos os níveis de ensino e de todo o país (incluindo as 2 regiões autónomas).
A Comissão representativa contactou ainda em Carta Aberta o Senhor Ministro da Educação, solicitando audiência, carta e pedido que não obtiveram resposta.
Os docentes da Comissão Representativa congratulam-se e agradecem a todos os cidadãos, docentes ou não, que apoiam a ILC. O facto de existir e estar a ser entregue na AR é, por si só, um marco na Democracia portuguesa por consagrar uma forma de participação dos cidadãos de intensidade muito elevada (propor uma lei e iniciar processo legislativo na Assembleia). Outro facto pioneiro é ser a primeira integralmente realizada por via eletrónica, testando o funcionamento da nova plataforma do Parlamento.
Ao longo dos 2 meses e meio de recolha de assinaturas o processo da ILC foi objeto de inúmeras notícias e referências em órgãos comunicação social de que se juntam os links pela sua utilidade para enquadramento do tema.
[omiti os links por comodidade]
A Comissão Representativa.
Viva a ILC !!!!
Parabéns a todos os elementos da Comissão representativa !!!
Parabéns a todos os apoiantes !
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Muito obrigada pela iniciativa!
Espero que algum canal transmita a sessão de discussão na Assembleia.
Quero mesmo saber e ver quem vai votar contra e a favor,
tal definirá o meu voto nas próximas eleições
Definitivamente!!!
É bom que os grupos parlamentares tenham consciência que vão ser responsabilizados
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Que falta de entusiasmo!
https://duilios.wordpress.com/2018/07/10/ja-so-a-esperanca-mexe-connosco/
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Parabéns pela Iniciativa! E obrigada!
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A ler:
http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2018-07-05-STOP?utm_source=newsletter&utm_medium=mail&utm_campaign=newsletter&utm_content=2018-07-09
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Parabéns! Espero que esta iniciativa seja só a primeira…
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Colega F,
Aguardando o seu #,
… ” A ILC é uma iniciativa de docentes, que gostam de salientar que dão aulas todos os dias, e é independente de partidos políticos e sindicatos. Suscitou até comunicados críticos da FENPROF e do PCP. Neste último caso, foi até, lamentavelmente, posta em dúvida a condição de docentes dos proponentes”…
Não é de lamentar ? Perca de protagonismo…
Terá sido “dedinho” dessa malandra Maya ????
🙂
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M,
O facto de ter destacado esta parte do comunicado diz tudo sobre o que 1 iniciativa cívica não devia ser, ainda mais sendo pouco frequente no nosso país.
Esta parte do comunicado não abona em nada uma iniciativa cívica de cidadãos que deve unir mais do que dividir.
O M. entendeu isso e, na sua ingenuidade (no bom sentido) , salientou-o.
Por outro lado, esta iniciativa cívica, por estar já desfasada , bateu como 1 onda na areia e esfumou-se na areia.
Este comunicado, e esta parte específica, é prova disto.
Uma iniciativa cívica é algo importante coma qual não se deve jogar.
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Considero estranho k o comunicado refira _” que gostam de salientar k dão aulas todos os dias”
Isto é o k?
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Colega F,
Não consigo concordar consigo. Nada mesmo ! Julgo que a posição da Fenprof ,nomeadamente a do seu líder Mário Nogueira foi outra… e planificada de forma intencional / premeditada desde o início . Visava outros objetivos, outros interesses… aproveitar a luta colectiva e acabar “por ser obrigado ” a “aceitar ” o pretendido pelo próprio e mais uns tantos. Daí ser contra a ILC…iniciativa louvável que visa a defesa de todos os professores. Perder protagonismo ??? Era uma boa oportunidade… e foi logo esta a minha leitura. Daí os meus comentários anteriores. Lamento pensar assim.Mas é mesmo verdadeiramente o que penso.
Colega F , já são muitos anos a” virar frangos”…e desde que vi um ” porco a andar de bicicleta ” já não consigo ser tão ingénuo. Mas respeito a sua posição.
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Colega F,
Melhor ainda :
até dão aulas todos os dias !!! Precisamente o contrário de outros, que não dão aulas há 27 anos.
Bem instalados ( sujeitos a processos de avaliação diferentes dos restantes colegas ) atingindo topos de carreira e designando-se representantes e nossos grandes defensores.
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F:
“… que gostam de salientar k dão aulas todos os dias”
Isto é o k?”
– Exactamente isso!
Mas acrescentaria que depois de tudo o que antecedeu este comunicado: Mais uma vez, Parabéns e um grande agradecimento e reconhecimento a estes professores!
– Que o seu tempo de trabalho e profissional é dedicado aos alunos e à escola e que PARA ALÉM DESTE e sendo professores estão habituados a estratégias diversificadas, a actualizar-se, a conhecer, a pensar e a agir!
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J.F,
Se é “exactamente isso”, então pode-se tb questionar deputados que são professores, autarcas que são professores, ministros que são professores e até PR, etc.
Foram eleitos para essas funções, não exercendo a sua profissão de professores.
Pode-se querer, neste caso, mexer com a vida sindical e seus dirigentes.
É uma opção pessoal que critico por a considerar reaccionária.
Não é a minha. A minha certeza é que se está mal, se temos dos piores salários da Europa e se as negociações laborais são o que são, então experimente-se eliminar os sindicatos, cortando-se as armas que ainda têm.
E não venham dizer que não é isso que se quer dizer porque, lógica e obviamente, seria isso que aconteceria. Com o aplauso dos donos disto tudo e do “charme discreto” dos divisionistas.
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F:
Se são deputados, não são professores; se são autarcas, não são professores; se são governantes, não são professores,… Uma coisa é a carreira de origem, outra muito diferente são as funções que se exercem ( temporária ou definitivamente) – com direitos, deveres, regalias, salários,…, diferentes!
Não questionei a importância da existência de sindicatos mas creio ainda poder criticar o trabalho que fazem ou não fazem.
Quanto aos professores promotores da ILC: estes fazem fora do seu tempo de trabalho o que a outros não lembra dentro do seu tempo de trabalho.
E… como se não bastasse não lembrar estratégias/ actuações diferentes (dentro do seu tempo de trabalho) ainda acolhem mal aquelas, dos outros que sem obrigação de funções, se dispõem a colaborar e a ter iniciativa!
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E para quando será a discussão?
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Os sindicatos fne+fenprof odeiam esta iniciativa feita à sua revelia. Alias… mandaram nas escolas as pessoas RETIRAREM as assinaturas caso já tivessem assinado.
Eu gosto é de ver sindicalistas e amigos perguntar: “e tu que fazes para mudar alguma coisa?” 🙂
Quando alguém faz, ficam furiosos pois os seus patrões (partidos políticos) assim o exigem.
É giro…
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Por que razão a petição ILC foi apresentada à Assembleia da República e não ao Governo?
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Uma “petição” não serve para nada. Não obriga a nada. Há centenas delas, a larga maioria sem qualquer consequência ou sequer entrega.
Uma “iniciativa legislativa” obriga à discussão no Parlamento e à sua votação.
Esta é a primeira feita nos novos moldes e incomoda imensa gente que defende as iniciativas da “sociedade civil” desde que enquadradas nos moldes do costume.
O ME nem se dignou acusar a recepção do pedido – o S.TO.P. não tem o exclusivo da “discriminação” – e há uma aliança objectiva entre PCP e PS para a desvalorizar quando a realidade demonstra à saciedade que a sua oportunidade é mais do que evidente. Fosse no tempo de Crato e seria a ideia que não tiveram na altura. Agora… como tudo está combinado para ser bailado a dois – o tal “tango” – qualquer intromissão no “empernar” dos bailarinos é mal recebido, porque reduz a fricção bilateral.
;.)
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Um deputado ou um grupo de deputados também poderia apresentar um projeto de lei…
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Dentro das condições exigidas, a petição obriga a debater na AR. Muito poucas resultam em leis mas já aconteceu. Sempre é melhor do que vociferar no FB, na mesa do repasto ou em amena cavaqueira: essas de certeza não têm qualquer efeito (a não ser em aumentar o fel emocional…).
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A ilc não é uma petição.
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Preocupa-o a certeza de que nos vamos confrontar em breve com uma raça de super-homens, o seu Homo Deus?
Sim, existe o perigo de a humanidade se dividir em castas biológicas. À medida que a biotecnologia se for desenvolvendo será possível prolongar o tempo da vida humana e melhorar as capacidades humanas, mas os novos tratamentos maravilha podem ser caros e podem não estar disponíveis gratuitamente para todos os milhares de milhões de seres humanos. Assim, a sociedade humana no séc. XXI pode ser a mais desigual da História. Pela primeira vez na História, a desigualdade económica será traduzida em desigualdade biológica. Pela primeira vez na História, as classes superiores não serão apenas mais ricas do que o resto da humanidade, mas também viverão muito mais tempo e terão muito mais talento.
A ascensão da inteligência artificial pode exacerbar este problema. Dentro de algumas décadas, a IA pode tornar a maioria de seres humanos inúteis. Estamos agora a desenvolver software para computadores e IA que superam os seres humanos em cada vez mais tarefas, desde conduzir carros até diagnosticar doenças. Como resultado, os especialistas calculam que dentro de algumas décadas, não serão só os empregos de taxistas e médicos, mas cerca de 50% de todos os postos de trabalho nas economias avançadas serão ocupados por computadores.
Podem aparecer muitos novos tipos de empregos, mas isso não irá necessariamente resolver o problema. Os seres humanos têm basicamente apenas dois tipos de capacidades – físicas e cognitivas – e se os computadores nos superarem em ambas, eles podem superar-nos nos novos empregos tal como o fizeram nos antigos. Então, qual será a utilidade de seres humanos nesse mundo? O que faremos com milhares de milhões de seres humanos economicamente inúteis? Não sabemos. Não temos qualquer modelo económico para tal situação. Esta pode ser a maior questão económica e política do século XXI.
Além disso, à medida que os algoritmos expulsam os seres humanos do mercado de trabalho, a riqueza pode concentrar-se nas mãos da pequena elite que possui os algoritmos todo-poderosos, criando desigualdades sociais e políticas sem precedentes. Hoje, milhões de motoristas de táxi, de autocarros e de camiões têm um peso económico e político significativo, cada um comandando uma pequena parcela do mercado de transportes. Se o governo faz alguma coisa de que não gostem, eles podem sindicalizar-se e entrar em greve. No futuro, todo esse poder económico e político pode ser monopolizado por alguns bilionários que possuem as empresas que detêm os algoritmos que dirigem todos os veículos.
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O aparecimento da TV também ia diabolizar o homem e descaracterizar a sociedade, certo?
Já agora o que postou é offtopic…
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Na última semana recebi três cartas manuscritas de uma senhora, testemunha de Jeová, que me diz que o mundo está para acabar, mas eu ainda posso ser salvo.
Claro, eu sempre soube disso
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Bem, a ser como dizes, pretor talvez a municipalização não seja tão diabólica como dizem ser.
Olha que não sei se é assim tão off topic;se lermos com alguma atenção nas entrelinhas.
Além disso, à medida que os algoritmos expulsam os seres humanos do mercado de trabalho, a riqueza pode concentrar-se nas mãos da pequena elite que possui os algoritmos todo-poderosos, criando desigualdades sociais e políticas sem precedentes.
No futuro, todo esse poder económico e político pode ser monopolizado por alguns bilionários que possuem as empresas que detêm os algoritmos que dirigem todos os veículos.
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Conheces a realidade do dia a dia dos municípios em Portugal?
Sai da bolha, entra no mundo real.
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Conheces a realidade dos algoritmos políticos e económicos? Sai do mundo virtual rapaz.
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A “campanha negra” contra a ILC já recomeçou com duas linhas de ataque:
– As mentiras esfarrapadas (um chumbo da ILC acarretaria que nenhum tempo fosse recuperado).
– As tentativas de amesquinhhamento da iniciativa e dos seus promotores. Só que… se vale tão pouco, porque se mobilizam tanto contra?
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Chama-se assim :
Dor de corno !!!!!
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O degredo social a que a classe docente foi votada não impediu que esta fique na história política como a primeira a apresentar uma ILC, revelando independência em relação à partidocracia. Apesar de paradoxalmente esta independência contribuir ainda mais para um ataque à classe, com a tentativa de ostracização social, parabéns para todos os que contribuíram com a sua assinatura, sendo um motivo de orgulho individual, e quiçá, talvez um dia numa nota de rodapé de um livro digital de História [com um avatar dos membros da comissão representativa 😉 ], apareça a referência a esta iniciativa como um exemplo de civismo politico para a sociedade da época.
Alea jacta est.
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