Sábado

Parece que o Mário Nogueira apareceu ontem, de novo, a zurzir no ministro. O que não compreendo, porque dizer agora que ele é um zero á esquerda vem tarde, demasiado tarde e revela falta de perspicácia ou apenas hipocrisia. O ministro era uma nulidade logo ao tempo da nomeação em 2015. Na altura escrevi que era uma espécie de Alçada II, que nada decidiria, apenas dando a cara. Mas durante mais de dois anos, Mário Nogueira e a Fenprof parecem ter acreditado que, devido a ligações algo canhotas lá pela família, o rapaz era capaz de ser homem de obra e decisões. Não era. Nunca foi. Em 2017 ainda o camarada Mário lhe fazia elogios. Ou mandavam-lhe fazer, para ver se tudo ficava adormecido.

De lá para cá nada mudou. O ministro não governa, limitando-se a ser cabeça falante de guiões que ele debita de forma empastelada. Não revela ter aprendido quase nada em 6 anos, excepto estar disponível, por isso não percebo esta sanha que nos últimos anos acometeu que antes o considerava um parceiro de conversas. Curiosamente, acerca de outros governantes, com efectivo poder de decisão em muita matéria, não se ouve a Mário Nogueira um pio. Sobre Alexandra Leitão também li encómios quanto à sua capacidade negocial. Não vejo qual a vantagem para “este” lado, Que perceba, ela realmente tem uma imensa capacidade negocial para fazer o que já queria antes de negociar seja o que for. Sobre o secretário Costa, Mário Nogueira nem dá o mais ligeiro palpite, o que é de estranhar, a menos que estejam em sintonia absoluta. Porque não se pode culpar o ministro e encobrir o secretário com o controlo das Finanças.

Há por aqui algo que não chega a ser estranho, porque se conhece o “perfil” de certa malta que nunca dá ponto sem saber que escapa ao nó. Bater no ‘tadinho só a meio do trajecto, quando ele o era desde o início é apenas metade da curiosidade. Não estrebuchar nem um bafo em relação a quem manda efectivamente lá no albergue é a outra metade. Da primeira, percebeu-se já a razão: da segunda, mais tarde ou mais cedo se perceberá, porque pouca coisa fica por cá entre comadres, por muito bem que estejam.

7 opiniões sobre “Sábado

  1. Quer-me parecer que o facto do SE não se imiscuir ostensivamente nas questões da carreira docente, mas fazê-lo apenas no que diz respeito às pedagogices eduquesas que gravitam em torno do 54 e do 55, dos planos e roteirinhos pode levar o camaradinha a deixá-lo de fora dos seus queixumes. O MN deve concordar com tudo o que apregoam os cortesãos para ganharem as avenças, mas esquece-se que se alguém tiver a pouca sorte de estar a trabalhar numa escola de diretor mais ortodoxo, ser obrigado a seguir a doutrina desses iluminados, mesmo não sendo crente, isso vai ter implicações diretas na sua vida laboral e, consequentemente, nas condições de trabalho.

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  2. Estas pedagogices foram encubadas por detentores de cartão dos partidos mais à esquerda! O secretário, na ânsia de ficar para a história como homem de boas acções diárias, conciliou as tretas com a doutrina social de Baden Powel das áfricas e chamou mais alguns por intermédio da fundação com nome de padre. Daí as bizarrias de fundamentação e de caráter teórico. É que não bate o c com as calças!
    Os 6 anos geringonços serviram para dar amendoíns à malta do cartão.
    Mas o Costa1° viu o furo de guardar todos os rebuçados abazucados para o absoluto ps. E também pensou que seria mal menor a eventualidade de partilhar alguns com o centrão. Quantas mais comadres satisfeitas, mais silêncio existe sobre o que importa mesmo!
    O márito não quer tirar a chucha aos maninhos que ainda estão agarrados de unhas e dentes ao que, até agora, lhes permitiu provar o doce maná do poder. Por isso, relativamente a esta pedagogice (nada pedagógica e nada científica) mantém o bigode a meio da traqueia!

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  3. Deram uma segunda vida ao doutor Costa porque estavam a ser lentamente exterminados e acabaram por cumprir o seu destino. Os sindicatos desapareceram simplesmente do mapa. Ficaram apenas os dirigentes sindicais a picar o ponto nos média.
    As negociações salariais passam a ser feitas apenas na Assembleia da República e na concertação social.
    É nestas alturas que historicamente costumam aparecer uns sindicatos alinhados à extrema direita para desestabilizar o sistema.

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