Balanço até ao Momento do Sucesso Burrrocrático

Como sabeis, sou pessoa de mais fígados e piores inclinações. Má língua como poucos seres ao cimo desta Terra e outras por perto.

Mas, até ao momento, tirando o reforço de algumas práticas e a possibilidade de ter as coadjuvações, o que retiro dos planos de sucesso verdascados no início do ano é o aumento da carga burrrocrática e papelenta, pois onde existia 1 ou 2 reuniões passaram a existir 3 (ou 4), onde existia 1 ou 2 relatórios passaram a existir 3 (ou 4) e onde existiam 6 impressos para @ professor@ justificar os seus actos passaram a existir entre 8 e 10.

A mim, pelos padrões habituais nestas coisas de multiplicar a representação e legitimação os actos pedagógicos e em especial a avaliação dos alunos, parece-me um enorme sucesso.

Embora eu ache que seria mais simples (e nos tempos que correm só refilariam uns quantos gauleses chatos) ter tido a coragem de tornar obrigatória a transição em TODOS os anos não terminais, sem excepções, nem que o jacaré tossisse. E, já agora, obrigatória a aprovação em final de ciclo a todos os alunos que apresentassem requerimento em papel almaço quadriculado.

Estaria mais de acordo com os princípios da Convenção de Genebra.

E, pessoalmente, eu até ponderaria deixar de reclamar um descongelamento antes do fim da minha vida útil de professor, caso me devolvessem o meu tempo de vida útil de pessoa que gasto nestas merdas.

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