Requintes De Malvadez

Um@ colega mandava-me hoje uma mensagem a explicar como, estando no 3º escalão e não havendo mais quem pudesse desempenhar essa função de acordo com a direcção/CP, há quem tenha de avaliar, para efeitos de reposicionamento, alguém que @ ultrapassará largamente na carreira, ascendendo ao 6º ou 7º escalão (conforme a aplicação de uma regras que são mais nebulosas do que parece) e se tornará, quase inevitavelmente sua “superior” na hierarquia do seu grupo disciplinar.

É a “justiça e equidade” do sistema a funcionar em pleno.

Tortura Azeite

 

14 opiniões sobre “Requintes De Malvadez

  1. Há mais casos assim… Há muitos. De onde vem este silêncio relativamente a este sistema perverso e iníquo? Colegas que irão avaliar outros que, inclusivamente por via das “regras” de recuperação do (de?) tempo de serviço, os irão ultrapassar… E, muito provavelmente, virem a ser eles a desempenhar o cargo de avaliadores. Resta-nos a via legal? Pode ser constitucional um sistema de avaliação que permite situações deste tipo? Vivemos a arbitrariedade legal… Exatamente o contrário do que deve ser a lei. O sistema de avaliação (?) atualmente em vigor devia parar já. Não seria possível uma greve à avaliação interna e externa? Os problemas que nos assolam são de tal ordem que seria preciso ser enérgico e determinado nos objetivos a prosseguir. Creio, no entanto, que estamos a entrar num estado de exaustão tal que a quase indiferença vai-se instalando, a par da tristeza e do desânimo. Tudo o que está a acontecer está preparado de há muito e faz parte de uma grande finalidade, a de desvalorizar o sistema público de ensino, que é dispendioso e não interessa. Aliás, como o Guinote tem vindo a dizer de diferentes modos e a propósito de variadas situações, a última das quais referentes ao facto de os alunos dos cursos profissionais poderem aceder ao Ensino Superior sem a realização de exames e a movimentação que se pressente (o esquema é velho) para criar as condições de acabar, de todo, com os exames, sem qualquer reflexão ou ponderação.

    Gostar

  2. Concordo que este sistema de avaliação deveria ser boicotado, impedido qualquer coisa! Na minha escola alguém foi reposicionado no 4º escalão e tem menos 1000 dias de serviço que eu, que estou a acabar o 3º. Há outros que vindos do 2º escalão há poucos dias, em que tiveram a avaliação obrigatória e se safaram das quotas recebendo os merecidos MB ou Excelentes e podendo ganhar 6 meses ou um ano de tempo de serviço, caso venham a ser contabilizados os 2 anos sobem logo em um ano ou menos tempo ao escalão seguinte. Enquanto outros ficam a marcar passo, porque avaliação com aulas assistidas não era necessária no escalão onde estavam. E estas tretas, esta autêntica salganhada está a apanhar sobretudo os escalões mais baixos. É vil o que está a acontecer, mas é claramente para nos apanhar a todos anestesiados na próxima mudança da estrutura da carreira docente!

    Gostar

  3. Requintes de malvadez, hoje,…o BE diz defender o regresso da democracia às escolas e que afirma ter um projeto-lei preparado há 3 anos…vai apresentá-lo agora, mas vai já avisando….não haverá tempo para discuti-lo!!!!!!!!!!!!
    O Público fazia manchete, no último verão, das perseguições e do comportamento ditatorial dos diretores. Há muito sabíamos, mas fazer manchete de um jornal nacional de referência…Grave. Muito grave.
    Mesmo assim nenhum foi demitido, nem sequer permitem que se sujeitem a eleições!!!!!!!
    Por que têm medo, todos ao que parece, da democracia nas escolas?
    Ditadura não é só o regime norte-coreano.
    Estamos a formar jovens no lodaçal dos CGs e numa “democracia salazarenta”.

    Gostar

  4. Ao abrigo do CPA começava por pedir escusa: desde logo interesse na avaliação o que não garante a devida imparcialidade.
    Tal interesse é facilmente constado quando concorrem no mesmo grupo e que face à situação a avaliada ultrapassará a avaliadora na hierarquia, ao que não será alheia a revolta e consequente incremento na parcialidade e prejuízo ético/emocional que a obrigatoriedade de tal função implicaria nas condições acima descritas…
    – não sei se terão relações de proximidade e amizade ou pelo contrário de conflitualidade, se lhe foram atribuídas horas no horário (da componente lectiva e/ou de estabelecimento), se lhe é assegurado o transporte e/ ou as despesas de transporte e seguro se for próprio…
    Caso não aceitassem, enviaria queixa para o ME, inspecção, provedoria, parlamento…e, seguiria, então outra via…paciência, é a vida!
    E, no fundo, é isto que andam a pedir…

    Gostar

  5. Ações individuais é o que resta quando tudo está perdido… A desistência ou incapacidade de formas de luta coletiva é sinal de uma classe que se não reconhece, onde não há pares, apenas indivíduos… Quanto à carta solicitando escusa, já o fiz por 2 vezes e com argumentos de tipo diferente. Indeferido. A lei, quando existe, tem sempre margem para a arbitrariedade. E sentimo-nos impotentes. A ação individual, a resistência passiva, a desobediência civil, tudo isso é possível, mas chegados aí é porque já desistimos ou esgotamos outras possibilidades. Quanto à alteração do modelo de gestão, não custava dinheiro, mas fazia desabar o instrumento mais eficaz para levar estas políticas a bom porto. Está tudo muito claro, para mim.

    Gostar

    1. “Está tudo claro “, também para mim!
      Os diretores são meros comissários políticos, que logo que o dono manda “ladrar” apressam-se a “morder”. A soldo de, MAIS, 750€. Mercenários.

      Gostar

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.