Porque Será…

… que num livro onde até se afirma que a História e a memória são importantes para as aprendizagens e para tudo aquilo que fica bem proclamar (mas nem sempre praticar) se apague por completo a experiência da Gestão Flexível do Currículo quando se aborda a questão da flexibilidade curricular? Será esquecimento (é verdade que nem toda a gente passou por ela) ou incómodo em admitir que nada está a ser inventado de novo e que, na altura realmente na viragem para o século XXI, a experiência falhou? Mas não interessa analisar (criticamente, claro) as razões… ou sequer relembrar o passado…

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(sim, já li quase todo o livro dos JC’s, mas estou a dar um espaço para respirar antes de ir às partes mais demagógicas…)

Uma opinião sobre “Porque Será…

  1. Ora aí está o que anunciei aos meus colegas quando a escola começou a ser invadida pela boa nova inovadora da flexibilidade. Foi na viragem do século que, na escola (-piloto) onde trabalhava, experimentámos a então chamada Gestão Flexível do Currículo, a reboque do Estudo Acompanhado, Área de Projecto e coiso e tal. Tudo muito inovador, obviamente. Quem impingia estas novidades, argumentava bem alto que os olhos do mundo estavam postos em Portugal, tal era a qualidade das inovações. Eramos os maiores! Silicon Valley da Educação!
    Acontece que, experimentadas as coisas sem o deslumbramento babado dos carneiros em rebanho, caímos na heresia de questionar: pois era tudo, tudo, tudo tão forçado e, ainda por cima, sem benefícios efectivos para os alunos. Consequentemente, aos hereges, o tratamento devido do abafamento.
    As áreas não curriculares – muito por conta de uma escola em Évora – ficaram e tornaram-se obrigatórias. Quanto às coisas flexíveis, presumo que o Ministério da Educação tenha gastado a pólvora toda a impingir as áreas não curriculares e não sobrasse para o resto. Gente que se prestava a correr o país a impingir a novidade, mesmo sem saber muito bem o que pregava.
    Vinte anos foram suficientes para o colectivo esquecer uma ideia que fracassou e que agora é servida outra vez disfarçada de inovação.

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