Se é verdade que a designação de “Escola Pública” por vezes se presta a um certo estreitamento ideológico do conceito, não é menos verdade que a designação de “Serviço/Sistema Público/Nacional de Educação” é um velho desejo de todos aqueles que querem uma equiparação entre rede pública e privada em matéria de Educação, embora com regras e imposições diferentes para uns e outros (ver aqui e aqui, só para dar dois exemplos dos defensores do “conceito” de retirar dinheiro ao sistema público no seu sentido mais restrito e o desviar para outros destinos, sejam escolas privadas ou “famílias”).
O actual ME ao defender um “Sistema Nacional de Educação” e ao retirar a designação “Público” vem ao encontro dessa tendência de braços abertos. Como em outras ocasiões, já se percebeu que não é muito feliz e claro nas suas declarações mais específicas, por isso um tipo lê o que se segue e apenas pensa que o ponto central de um círculo é apenas isso, central, podendo ser ínfimo em relação ao todo. Mas eu sou “conservador” nos conceitos, posso não estar a entender o novo paradigma geométrico nacional.
“A escola pública é verdadeiramente o centro do nosso Serviço Nacional de Educação e com isso reforçamos a centralidade no Serviço Nacional de Educação”, rematou.

Cada vez o “conflito” com a AEEP me parece mais encenado a gosto de todos os actores. Claro que dizem que sou pessimista, mas detesto ver o caixão à nossa espera e continuar a assobiar como se fosse uma banheira de espuma.
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