Mas há sempre uma primeira vez para tudo. Nunca pensei que alguém próximo do MEM entrasse por este tipo de “lógica”. A “Economia” não pode (não deve!) determinar de forma determinista o rumo da Educação. Mesmo que isso pareça pouco “moderno” quem preside ao CNE deve defender a autonomia da Educação e não a sua subserviência.
A cultura da escola vai mudar “porque a economia está a pedir coisas diferentes”
Portanto, o que interessa são as «soft skills», porque o mundo é apenas e só Economia. Mas esta gente, com esta idade e experiência, não percebe que a Literatura, a Filosofia, a História, etc., para além de «dar a matéria», desenvolvem áreas específicas do cérebro?
Querem Formação Cívica? Leiam, por exemplo, Fernão Lopes e a ‘Crónica de D. João I’ e percebam como se armou uma trama política (mentindo, iludindo, manipulando, acicatando as massas) para legitimar um poder político.
E depois esta mania de trazer o agora, o instante para a Escola. Então estamos a formar gente para o futuro, ou para a volatilidade do presente? Qual é o melhor vinho? O produzido este ano ou o que ficou a «fermentar» durante décadas?
Leiam a ‘Ilíada’. Está lá tudo, bando de idiotas!
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Pior do que a educação ir a reboque da economia (a senhora até que foi algo cautelosa nesta ideia, ?!?), é o tratamento dos estudantes por “meninos”.
Já tivemos uma senhora , em horário nobre das TVs, a tratar os alunos como totós na célebre dissertação sobre o cérebro, o músculo, etc que tem de ser bem tratado e de descansar, à laia da canção Vamos para a Caminha, pequerruchos, que Amanhã é um novo Dia e o Sol vai Nascer ….
Agora, temos os meninos…….., a lembrar a canção Os Meninos À volta da Fogueira (lálálá) vão aprender (não como se ergue uma bandeira), mas as soft skills……
É muito fermol. Demasiado.
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O Trump vai meter tudo na ordem.
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Essa é que é questão! Quem manda pede gente capaz de fazer tudo, pouco letrada e que aceite de bom grado mudar continuamente de emprego e de local de trabalho! Foi isso que começaram a fazer na Finlândia com as mudanças no currículo e a diminuição do papel dos professores…
Com mais tecnologia, há estudos vários sobre isso, menos empregos e um acumulação , ainda maior, de capital nos proprietários dos sectores de produção (com poucos trabalhadores humanos…)
A diminuição dos currículos, quem tem sido denunciada por vários académicos por toda a Europa, tem precisamente o fito de criar o novo operário para o tempo das máquinas… Não é também por acaso que uma certa direita se converteu às virtudes da velha Escola Nova… A ideia, neste momento de mudança de paradigma produtivo, encaixa como uma luva nas novas necessidades do mercado de trabalho. Não devemos esquecer que o movimento também surgiu para educar os filhos do operariado, com objetivos libertários, claro…
Para os que ainda tinham dúvidas sobre o frenesim que varre toda a Europa na área educativo, e das contínuas recomendações da OCDE e do PiSA, e dos Jesuítas da Catalunha… para se cortar nos currículos, e adoptar-se um modelo colaborativo e transdisciplinar , não é por gostarem muito do Humanismo, da formação global dos indivíduos, das artes…. Os senhores precisam de um Homem Novo para o Admirável Mundo Novo ( sim, é assustador o como Huxley ”acertou” em algumas das coisas que se estão a passar… )
Não tenho dúvida que alguns crentes acreditam num suposto novo paradigma educativo , numa perspectiva libertária… Quem manda, nem sequer estou a falar de Portugal, prepara o novo operariado: ignorante, dócil e sem grande preparação intelectual; individualista; consumidor inveterado; alienado pelas redes sociais; politicamente correto; colaborador e não trabalhador…
Ainda bem que drª Brederode destapa o que só para alguns estava encoberto…
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Se me permite, subscrevo.
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… é claro que existem perigos de convulsões sociais… Já existem diversos CEO , dos modernaços, que preconizam um salário básico universal para todos (uma medida aparentemente bem socialista…) para apaziguar a ”maralha”… Um dos entusiastas da ideia é o guru da Tesla , Elon Musk …
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Não há pachorra… Não sei o que é pior, se a desfaçatez com que dizem as suas ideias “espetaculares” ou a realização que estamos entregues a sacos de vento.
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Cada vez que me lembro o quanto revirei os olhos na sessão que esta senhora fez numa sessão do PNC. Só me lembrava, muito a propósito do “Voando sobre um ninho de cucos”!
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‘’Tim Cook , o CEO da Apple recebeu, entre salários e prémios, 102 milhões de dólares.’’
in ” Jornal i”.
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Basta atentar, por exemplo, no que se passa na Alemanha: uma massa de operários, com alguma especialização, mas zero de cultura e intelectualismo, com um salário que permite (sobre)viver, consumindo, sem questionar, alienado entre a cerveja e o futebol de sexta à noite a domingo.
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Republicou isto em Primeiro Ciclo.
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