Tentem Não Atrapalhar, Por Favor!

Na peça de hoje do jornal I sobre a iniciativa para recuperar o tempo de serviço, temos a secretaria sindical do ME a fazer declarações verdadeiramente “redundantes” (mais logo colocarei imagem):

Mas, para a Fenprof, esta iniciativa “é redundante” porque “não faz sentido estar a fazer o esforço de reunir 20.000 cidadãos para fazer uma lei que preveja a recuperação do tempo de serviço quando isso já está na lei”, apesar de não ser cumprida pelo governo. “A negociação em curso é apenas para definir o prazo e o modo como a recuperação do tempo de serviço vai ser feita”, não estando em causa para os sindicatos a recuperação total dos nove anos e quatro meses de tempo de serviço.

Vamos lá a ver umas coisas:

  • A questão do “esforço” é com quem se esforça, não convosco. Nunca critiquei o “esforço” que fazeis nas vossas reuniões (internas ou em romaria ao ME) ou iniciativas. Isso é lá a vossa forma de estar e modo de vida. Posso é criticar a evidente falta de resultados.
  • O que “não faz sentido” é vocelências andarem a fazer-nos perder tempo há dois anos e meio, fazendo fretes ao governo até ele não precisar já do vosso apoio, porque o Rio está disponível para todos os acordos ao centro que ajudem a lixar qualquer “radicalismo”.
  • “Redundante” é pedirem “formas de luta” (quase a pedido do ministro Tiago) para que demonstremos a “insatisfação” dos docentes, mas depois só quererem as que os vossos serviços burocráticos decidem e enquadram.
  • Por fim, entre o que “não está em causa para os sindicatos” e aquilo que eles têm alcançado nestes últimos anos vai um “desvio colossal”.

Resumindo: não atrapalhem. Isto é um complemento da acção sindical para dar mais visibilidade ao assunto como, pelo menos, o Dias da Silva parece ter entendido. Se não der resultado, deixem estar, empataremos convosco em eficácia.

Empurrao

 

 

9 opiniões sobre “Tentem Não Atrapalhar, Por Favor!

    1. Mas alguma vez os sindicatos foram outra coisa além de ‘dispensáveis e inúteis’?
      Bom, talvez prejudiciais…? Ridículos…? Hipócritas…?

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  1. Esta iniciativa poderá esvaziar muita da reivindicação que estava programada, por isso é bom mesmo começarmos a alertar os Sindicatos que não admitiremos outra posição que não o apoio inequívoco e incondicional à mesma.

    Apesar de sabermos que os cozinhados do costume entre os partidos poderão ser feitos, esta é uma iniciativa que terá um desfecho muito importante: demonstrar, de uma forma clara, com quem poderemos contar nas próximas eleições.

    Se o PS, PSD e/ou CDS não aprovarem (nem cogito a hipótese de BE ou PCP não votarem favoravelmente), já sabem que não contam com os nossos “votozecos”. Os mesmos votos que tiraram a maioria ao Al Drabone do Pinócrates.

    Já agora: eu dizia o que considero redundante. Mas o barbeiro do Mário Nogueira era capaz de ficar chateado comigo.

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    1. Há quem não entenda que pode existir confluência de iniciativas, sem ser preciso amuarem. Com os pareceres do Garcia Pereira aprendi o que era ter de aturar esta malta a deitar tudo abaixo. Até tenho medo de abrir o Faceprof e dar lá com o Vargas.

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  2. Apoiado 100%. Qualquer dia não precisaremos mesmo de sindicatos. Nem de partidos. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Ainda não perceberam. Nem perceberam que estamos mesmo fartinhos de esperar.
    Da mesma forma que na manif de Março tiveram de se chegar à frente e cavalgar a onda, também agora agora deveriam abrir os olhos. E atenção: desta vez não nos venderemos por pizzas.

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    1. Nessa famosa noite desvinculei-me da Fenprof. Ficou-me atravessada na garganta. Quando estavam todos com vontade de continuar a lutar, fizeram aquele miserável acordo. Estou em completa sintonia com o texto do Paulo Guinote.

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