A Fenprof Volta a Reagir! 3 – O Amuo

Há umas partes deliciosas no segundo comunicado da Fenprof. Uma dela é a espécie de amuo por não lhe terem pedido “opinião” sobre a iniciativa legislativa

Tivessem os autores da iniciativa procurado uma opinião, apenas isso, e a FENPROF teria colocado as suas preocupações. O que aconteceu foi que os colegas que decidiram avançar com a iniciativa limitaram-se, depois de a lançar publicamente, a apelar à “comunidade sindical” para que a apoiassem.

Obrigado por, pelo menos, nos chamarem “colegas”. Pelo menos em público. Quanto ao resto, sendo eu da Comissão inicial, (mas não do par de responsáveis originais pelo arranque da coisa), nunca me passaria pela cabeça pedir-vos a “opinião”, pois isso só serviria para desenvolverem as tácticas do costume: apropriação ou esvaziamento da iniciativa, conforme achassem melhor. Aliás, a iniciativa é de cidadãos e não de organizações e só nesse sentido eu aceitaria fazer parte deste tipo de “luta”, sim, porque isto é também uma “luta”, mesmo se não certificada com o selo da legitimidade fenprofiana.

Foram apanhados de surpresa, sem tempo de enviarem controleiros ou submarinos para uma qualquer reunião de trabalho? Tenho muita pena.

Mas agora recuperemos a parte (involuntariamente, acredito) mais cómica deste comunicado:

 A FENPROF não tem qualquer problema em aderir a iniciativas que partam dos professores, pelo contrário, mas não adere apenas por aderir. A FENPROF tem a responsabilidade de representar os professores, desde logo os seus mais de 50.000 associados, e depois, em abstrato, todos os que exercem a profissão docente. Como tal, não pode entrar em iniciativas que possam resultar em “tiro no pé”, como é o caso desta, que tem elevadíssimos riscos de o resultado final ser contrário ao seu objetivo.

Só umas notas breves:

  1. Não me lembro da Fenprof aderir a qualquer iniciativa de que não tenha fornecido previamente o guião.
  2. Se eu fosse fazer a lista de “tiros no pé” dados pela Fenprof em sede negocial, ocuparia o resto da semana a escrever posts.
  3. É giro ver-vos aflitos, a justificarem-se, a baralharem-se e a recrutarem “velhas glórias” da ortodoxia (para quando a chamada do chicoremaxsantos para a brigada?) para irem para o facebook dizer mal da iniciativa e apelarem à não assinatura.
  4. É ainda interessante ver como assumem a enorme fragilidade política da vossa participação na geringonça educativa no que à defesa dos “velhos” professores de carreira diz respeito. Andaram dois anos aos bonés… submetidos à lógica orçamental que criticavam sem dó nem piedade a outros. Aceitaram migalhas sem reflexos orçamentais. Agora o rio já vos passou a perna como parceiro para tudo o que possa doer.

Flecha-alvo

 

31 opiniões sobre “A Fenprof Volta a Reagir! 3 – O Amuo

    1. Caro M,

      Para si tudo isto é muito giro.
      Sente-se reformado e diverte-se com smiles, muitos likes e muito pouca substância para além dos améns a tudo o que é escrito.
      Quando, por distracção, discorda do que é escrito pelo nosso colega Paulo, desfaz-se em desculpas assim a modos de vou ali rezar uns Pais Nossos e pedir muitas desculpas pelo erro crasso de ter divergido do monocromático.

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      1. Cara F,

        Quando, por distracção, discorda do que é dito pelo seu grande líder Mário, desfaz-se em desculpas assim a modos de vou ali rezar uns Pais Nossos e pedir muitas desculpas pelo erro crasso de ter divergido do monocromático.

        Bj.

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      2. Quanto a que “A FENPROF tem a responsabilidade de representar os professores, desde logo os seus mais de 50.000 associados, e depois, em abstrato, todos os que exercem a profissão docente”, só me dá vontade de rir, foi graças a essa representação que a maioria dos que vincularam antes de 2011 vão ser ultrapassados na subida de escalão por professores com menos tempo de serviço, quer dizer, a não ser que um tribunal venha a dar parecer de inconstitucionalidade (que me parece clara) à proposta de reposicionamento de professores que já se encontram vinculados no 1º escalão desde 2011, sem reposicionarem todos os outros docentes em posição idêntica, retirando a obrigatoriedade de ser cumprido o ECD a todos e não apenas aos pós-2011.
        Há algum recenseamento independente que ateste o número de professores associados e que pagam as quotas em cada sindicato? Penso que a plataforma do ME deveria pedir este dado às escolas, para atestar a representatividade que cada sindicato afirma ter, basta saber quem desconta para o sindicato x ou y,
        50 000??? Parece-me mesmo muitos, não serão listas tipo as antigas listas eleitorais que nunca eram atualizadas? Como posso saber se o meu nome está nalgum destes sindicatos? Onde são publicadas as listas dos associados para ter certeza que não houve nenhum erro e que quando pedi desvinculação ao sindicato não se esqueceram de apagar o meu nome do ficheiro?

        “Como tal, não pode entrar em iniciativas que possam resultar em “tiro no pé”, como é o caso desta, que tem elevadíssimos riscos de o resultado final ser contrário ao seu objetivo”. Até parece que estão a falar mal de si próprios, do acordo feito sobre a avaliação docente com a MLR, em que deixaram milhares de professores mais tempo que o previsto nos novos escalões da carreira porque tinha que cumprir tempo no índice x ou y recém criados, (no meu caso com 8 anos de tempo descongelado, praticamente 18 de serviço, vinculado desde 2002 só agora passei para o 2º escalão, a minha esposa passará no final deste ano civil quando perfizer 9 anos descongelada, com quase 19 anos de serviço, sendo efetiva desde 2005, porque tem que cumprir os 4 anos no índice 167 e caso houvesse a tão difamada observação de aulas para todos, já tinha subido de escalão desde que não houvesse o problema dos índices no ECD, mas, os sindicatos antes deste acordo passariam a ter rotatividade nos seus quadros de 4 em 4 anos, algo altamente desejável e lógico na cabeça de qualquer professor, a menos que seja dirigente sindicalista e não lhe apeteça ter aulas observadas).
        Há ainda o acordo que fizeram antes da aprovação do orçamento de estado, sendo a FENPROF, FNE e colaboradores os primeiros a desprestigiar a classe docente quando concordaram que a nossa recuperação de tempo de serviço não seria equiparada à dos restantes trabalhadores da função pública, concordarem em levar mais tempo, quando o tempo de recuperação deveriam ser diluído por todos os trabalhadores da função pública, todos levaríamos mais tempo, mas ninguém ficaria à espera do fim da próxima legislatura para subir de escalão. Sacrificam a classe em favor de todas as outras da administração pública, rica defesa dos alegados 50 000.
        Os sindicatos são quem contribui para a desarticulação do sistema, concordando com concursos que desregularam as entradas e a mobilidade na escola pública. Será que a FENPROF e outros sindicatos informam os seus associados, por exemplo os que ficaram longe de casa na mobilidade interna do concurso 2017/2018, que é graças ao próprio concurso externo-extraordinário e às vagas reservadas a contratos, que não conseguem vincular no QZP da área de residência e terão que continuar a concorrer eternamente na mobilidade interna, enquanto professores contratados menos graduados vão para o QZP onde os quadros mais graduados pretendem entrar?
        Os sindicatos de professores fazem um péssimo trabalho, não considero que nos defendam e todos os professores, até os dirigentes sindicais com que tenho falado, concordam que as posições do sindicato são erradas, mas…

        A manifestação anual da FENPROF calha em que dia? Vamos lá ver se não me estragam nenhum passeio agendado a Lx com os ajuntamentos sindicais.

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  1. Este post cujo argumentário é o “Amuo” é ele próprio um tiro no pé que não ajuda em nada a ILC.

    A continuar-se assim, entre o toma lá esta e leva lá esta, entra-se numa posição incómoda para todos os professores e, nomeadamente, para o tom cordato da Iniciativa Cívica que é de louvar nos termos em que foi colocada.

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    1. “Para todos os professores”?

      Calma lá… não confundamos “professoras da Fenprof embaraçadas por terem de dar razão a quem a critica” com “todos os professores”.

      Este texto é meu e só me responsabiliza a mim…

      Já quando gente ligada à estrutura da Fenprof anda pelas redes sociais a apelar à não assinatura e a escrever falsidades, com base nestes comunicados, devem ser tiros nos melros.

      Repito… não sou porta-voz da Iniciativa. Apenas a apoio e tento defender de ataques disparatados.

      E, como é sabido, sou imune a lições de moral de quem, no passado, fez figuras muito pouco “morais” com os seus tiros em cima de mim.

      Portantossss…. “amuo” sempre que me apetecer.

      Se podia ser mais “convergente”? Sim, mas não seria a mesma coisa e soaria a falso… tipo “colegas”.

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      1. Tenho dificuldade em perceber esta guerra entre ILC e Fenprof, e o seu interesse.

        1º Não sou sindicalizado, mas acho que sem a ação da fenprof estaríamos muito pior do que estamos, à mercê dos momentos em que alguém decidisse avançar com iniciativas, ou dos acordos que a FNE sempre faz com os governos por uma mão cheia de nada. Aliás, esta é apenas a segunda ocasião, pelo menos com visibilidade, que a fenprof é ultrapassada pelas circunstâncias, sendo a primeira a marcha em Lisboa, a que fui.

        2º Já assinei a ILC, e acho que é uma excelente iniciativa. Se fosse da fenprof limitar-me-ia a informar que a assinei, que não acredito que vença, mas que pelo menos vai expor a hipocrisia dos deputados do PS e PSD que deram o ombro amigo para os professores pousarem.

        Acho até contraditório malharem no “comuna do nogueira” que “só faz o que interessa ao pcp” e “bla bla bla” (já agora, não sou nem nunca fui do pcp), e no fundo os maiores interessados e potenciais beneficiários na ILC (excepto os professores é claro) são o pcp e be que julgo, irão votar favoravelmente a mesma, e se os professores não forem um monte de merda, irão ter os votos dos que assistirem ao que eu espero do PS e PSD.

        Quando da célebre marcha que ultrapassou a fenprof, dei o benefício da dúvida ao nogueira pelo péssimo acordo que negociou, pois ele deve ter pensado que os professores, esses preguiçosos acomodados, não lutariam por mais do que aquilo, e se forçasse, acabava a marchar sozinho.

        Ora, a ver pelos menos de 4% dos professores que assinaram a ILC, o nogueira até terá razão, se calhar a fenprof não teve a ideia de fazer uma ILC por, tal como na marcha, temer que os professores sejam uma malta que fala muito, mas marchar ou perder tempo a inscrever-se em plataformas do parlamento, credo que dá muito trabalho.

        Neste momento, se a classe não fosse só letra, a e petição já teria os 20.000 há muito.

        Entretanto, acabem com a fenprof, e vejam com o que ficam.

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  2. “Repito… não sou porta-voz da Iniciativa. Apenas a apoio e tento defender de ataques disparatados.”

    Como já afirmei, não considero que esteja a apoiar do melhor modo esta iniciativa. O seu modo de apoiar e defender retira-lhe a credibilidade e o apoio em assinaturas que ela necessita.

    É esta a minha sincera opinião.
    Posso ser livre de expressá-la ou não?

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    1. É absolutamente livre para estar errada.
      Aliás… há críticas que me fazem acreditar que estou no caminho certo.

      A “luta” é dura e nem sempre bonita de se ver. Foi a Fenprof que decidiu “atacar”. Ninguém lhes dirigiu a mínima crítica, antes de disparatarem.

      A “credibilidade” é retirada quando se falseiam argumentos e factos.

      Quanto às assinaturas… o maior problema é a plataforma da AR que desafia a paciência de qualquer um@… não receio que a maioria dos alegados “50.000” quotizados da Fenprof não me percebam… basta eu falar com eles todos os dias…. e saber o que pensam e porque muiotos pagam as quotas.

      🙂

      Quem quiser “fofices”… há outros espaços onde procurar conforto.

      É a minha habitual sinceridade… que não se deve confundir com outra coisa.

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      1. Apoio a iniciativa, mas acho que o colega Guinot está a pessoalizar a coisa e isso é guerra que não me interessa, nem, acho, à maioria dos professores.

        Acho também que qualquer professor da fenprof que não vá votar a ILC no site do parlamento por causa das coisas menos simpáticas que diz da fenprof é um rato.

        E acho que, caso cheguemos aos 20.000 (começo a duvidar) e o Guinot e outros, em vez de ficarem satisfeitos , como eu irei ficar, começarem a acenar os 20.000 na cara da fenprof, serão parvos, eu votei, a minha família também, mas, quero a fenprof viva, não quero ficar apenas com a FNE e as iniciativas que o Guinot e outros lhes apeteça fazer.

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  3. Para si, lamentavelmente, quem tem uma opinião diferente da sua “dá-lhe tiros”.

    O texto é seu, sem dúvida.

    Mas, mais uma vez posso apontar-lhe algumas críticas?

    Ou amua sempre?

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    1. Não… só com pessoas a quem não reconheço credibilidade ou autoridade moral para me criticar, atendendo ao jogo sujo do passado.

      Para mim, felizmente, quem tem uma opinião diferente é bem-vind@.
      Não se aplica a quem andou a comentar em blogues sobre “cotão” no Umbigo.
      Ou o alzheimer já bateu?
      Não sou cristão, não dou a outra face às chapadas.

      Dá para entender que há um punhado de gente a que não perdoo o enorme défice ético? Claro que na primeira divisão está o tal vargas e o seu delfim chico.
      Mas houve uma segunda linha que eu também não esqueço, em especial quando fingem que nada fizeram.
      Falta de “castafiores”.

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  4. ” Foram apanhados de surpresa, sem tempo de enviarem controleiros ou submarinos para uma qualquer reunião de trabalho? Tenho muita pena.”
    As táticas pouco limpas começam a ser conhecidas e a os professores começam finalmente a abrir os olhos!

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    1. “As táticas pouco limpas começam a ser conhecidas e a os professores começam finalmente a abrir os olhos!”

      Infelizmente, disto estamos nós livres. Vamos continuar assim durante muitos e maus anos.
      Ando falho de esperança, eu sei.

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  5. Ainda me lembro de o SPGL ter vários advogados que abandonaram os seus sócios; um dos sócios sindicalizado há quase 30 anos… E lembro-me de um dirigente sindical ter andado a fazer mestrado nos idos anos ’90 (tal como eu) mas, não tendo conseguido nem escrever a tese, anda agora a dizer que mestrados e doutoramentos não valem para nada…… Se calhar são cábulas destes que andam nos sindicatos a “ajudar” na luta! AH, e esse dirigente sindical que enquanto presidente do conselho geral de escola apresentou uma votação por unanimidade que deliberava a instauração de dois processos disciplinares a um professor quase com 60 anos de idade (à época) e mestrado e doutoramento, ex-docente na ESE de Setúbal e Santarém, quase 30 anos de serviço, etc etc e que se queixou nos órgãos próprios da Escola que não podia ser avaliado por uma educadora de infância…. Cábulas e sindicalistas destes? – não obrigado!

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    1. Com amigos que escrevem estas coisas, os professores nem precisam de inimigos. O socras e a miluxa, mais o seu livro de cabeceira “A arte da guerra” é que o sabiam.
      Deploro totalmente este tipo de maledicência.

      Diga o que tem a dizer, diga os nomes dos visados, identifique-se bem e sujeite-se a processos. Assim, o crédito é zero, é só coisa biliosa.

      Este é o momento de dizer apenas vão todos os site do parlamento e apoiem a ILC. Mais nada.

      Só um remate:
      Quando leio malta que escreve “eh pá um dia de greve!!!!, assim não presta, tem que se marcar um mês ou dois”, fico a saber que o valente que diz isto… não faz greve, deixa a luta para os outros.

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  6. Ainda não percebeu que greve só da mais dinheiro ao estado?
    Não percebeu que esse tipo de lutas do sec. XIX não resultam nos empregos públicos?
    Ainda não percebeu que esse tipo de greves são provas de vida dos sindicatos e que vc é uma marioneta?
    Quando acordam para o sec. XXI

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  7. Pretor: totalmente de acordo. Tomara o (des)governo que fizéssemos 1 mês de greve, era muito pilim que não nos pagavam.

    Então e se pensássemos a sério numa greve de zelo por tempo indeterminado? Ou seja, estávamos nas escolas mas não ensinávamos nada? Estávamos nas reuniões mas não fazíamos népia? Estávamos nas salas de exame mas não vigiávamos nada (os alunos copiavam o que quisessem e subvertiam completamente os exames)?

    Tínhamos MESMO a coragem de assumir uma greve destas? É que isto levaria ao caos no ensino (e sem que nos descontassem no ordenado).

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  8. Pinho? que tal dar o exemplo e identificar-se?
    “Diga o que tem a dizer, diga os nomes dos visados, identifique-se bem e sujeite-se a processos. Assim, o crédito é zero, é só coisa biliosa.” Especialidade nova?
    Que bom que não existissem Paulos que desmontam textos fracos, e que sorte que alguns colegas monodocentes com capacidade de argumentação, mas já de idade avançada 60/65 tenham tido depois de uma carreira brilhante (com 35 e mais de sindicalização) que a acabar em juntas médicas e de sair em silêncio (mas revoltados) pela porta pequena!

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  9. Pinho,
    Em relação ao comentário mais acima.

    Nem eu, nem qualquer elemento da Comissão, dirigiu qualquer comentário à Fenprof.
    Foi a Fenprof que emitiu um primeiro comunicado que originou o questionamento (não por mim, a quem é indiferente esse tipo de posicionamento) sobre o que achavam os sindicatos (no plural) da iniciativa.

    A Fenprof decidiu, no segundo comunicado tal como no primeiro, afirmar coisas que não são verdadeiras, ao que tenho reagido, sem dirigir qualquer tipo de observações pessoais aos dirigentes actuais da organização.Referi um antigo aparelhista por ser alguém que durante anos, beneficiando de muito tempo nas mãos e acesso a informação interna da organização, decidiu ser uma espécie de “stalker” do meu anterior blogue, sendo ajudado nessa missão por mais algumas pessoas.

    Nada me move quanto ao princípio do sindicalismo e de milhares de sindicalistas dedicados.
    O que faz sair do sério são procedimentos turvos e um punhado de pessoas que não têm nada de professores, embora “representem” a classe. Nesse punhado de pessoas há os que sei serem mentirosos, por me terem mentido na cara, com grande desplante.

    O resto… não tem nada a ver com a ILC, que vale por si mesma, apesar dos ataques que tem sofrido nas “redes sociais” por parte de gente que se sabe exactamente ao que anda e quem os manda.

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  10. Infelizmente para os professores, o maior sindicato que os representa “parou no tempo”, ficou preso à hegemonia do passado, quando não era comum um grupo de cidadãos apresentar uma iniciativa para defender a sua classe profissional…

    Infelizmente para os professores, o maior sindicato que os representa parece estar mais preocupado consigo próprio e com a sua sobrevivência enquanto organização do que com a defesa do bem comum que devia sobrepor-se a qualquer interesse individual…

    Infelizmente para os professores, o maior sindicato que os representa apresenta-se hoje como uma organização decrépita, alheia às mudanças sociais, aos movimentos de cidadãos comuns por toda a europa e ao direito que cada um tem de defender aquilo em que acredita, independentemente ter ou não vínculo a um qualquer sindicato…

    Infelizmente para os professores, o maior sindicato que os representa parece estar muito preocupado com o eventual sucesso da presente iniciativa de um grupo de cidadãos e com a consequente perda do seu protagonismo. Considerar que são “os donos” de todos os protestos ou iniciativas é manifestamente redutor e evidencia inflexibilidade e rigidez intelectual e um tipo de pensamento obtuso e fechado em si próprio…

    Infelizmente para os professores, o maior sindicato que os representa presta-se a um papel ridículo e risível, do tipo “eu é que sou o plesidente da junta”, esquecendo as suas principais funções enquanto organização supostamente defensora dos seus direitos…

    Lamentável para todos os professores, mas também para aqueles que, não o sendo, (ainda) acreditam na capacidade de autodeterminação de qualquer cidadão…

    Se eu fosse professor não me sentiria representada nem defendida por um sindicato que, na verdade, e quando muito, apenas defende os seus próprios interesses…

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  11. O problema desta geração de professores é quererem tudo para “ontem”. A experiência diz-me que com calma, persistência e tenacidade conseguimos os nossos objetivos. Enganam-se todos aqueles que pensam conseguir vitórias coletivas sem sindicatos. O nosso inimigo não é o sindicalismo, seja ele qual for, mas o individualismo, o caciquismo e o corporativismo cego, surdo e mudo a tudo que não sejam os nossos interesses específicos.

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  12. Uma pequena história verdadeira: o meu pai, metalúrgico, trabalhou 2 anos, sem receber o ordenado a tempo e horas ou completo, devido às dificuldades da empresa em que trabalhava. Reformou-se muitos anos depois,dando por perdido o dinheiro que lhe tinham ficado a dever Mas o sindicato que o representava não desistiu, nem se conformou. Continuou a lutar, por todos, quer reformados, quer no ativo. E quer saber o que aconteceu? Venceram todos, ninguém ficou pelo caminho. Acredito na força do sindicalismo e na sua capacidade de lutar por um mundo melhor, para quem trabalha.

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    1. O meu foi operário da CUF… teve de se reformar ali por início dos anos 90… tendo sido do PC desde os anos 50, ensinou-me muito (com poucas palavras, apenas apontando comportamentos) sobre o que é solidariedade sindical e o que é oportunismo. Sobre quem corria perigo quando ele era real e sobre quem apareceu só no dia 26.

      E contou-me episódios do sindicalismo de fachada que fazia acordos nas costas dos trabalhadores e depois is apresentava como os únicos possíveis…

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  13. “O problema desta geração de professores é quererem tudo para “ontem”. Pois quando se chega aos 66,5 anos e se tem ainda de esperar pela aposentação (monodocente) caso relatado por uma colega que resistiu sem atestado médico, está tudo dito.

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  14. Nem Deus, nem Diabo! Apenas humanos, com defeitos e qualidades, como é próprio dos homens. As negociações serão difíceis, mas acredito, mais cedo ou mais tarde, veremos a nossa posição sair vencedora. Já estive, à muitos anos, no início da minha carreira, nesta situação e mais tarde, com a luta dos sindicatos, todos os professores recuperaram o tempo de serviço que nos tinha sido negado. Eles não desistem e nós também não.

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