… quando se começa a explicar o que é a Cronologia e numa turma de 5º ano há quem saiba a história de Cronos, quem perceba e coloque questões sensatas sobre a diferença enorme entre a escala do tempo geológico e do tempo humano, quem tenha ouvido já falar do hipotético planeta Theia e do seu impacto na Terra e quem queira perceber porque e como surgiram métodos diferentes de contagem do tempo ao longo do dito e através das sociedades humanas. Há quem coloque o ónus do “princípio activo” do ensino e aprendizagem quase sempre nos professores, mas a verdade é que quando parte dos alunos e do seu interesse é que funciona na plenitude. Um@ professor@ pode fazer as maiores piruetas que sem essa motivação para compreender e conhecer por parte dos alunos, será sempre um esforço pouco glorioso. Assim, dá um enorme gozo passar aulas, lixando-me para qualquer planificação à moda das grelhas do século XX, a visitar e discutir em diálogo (no verdadeiro sentido do termo, na sua forma mais primordial) porque houve quem preferisse contar o tempo de forma mais imediata pelos movimentos Lua e quem optasse pelos do Sol e das estações, como foi evoluindo o registo das unidades de tempo e porque usamos estas, aqui, e não outras.
Ainda há dias assim. Ou, pelo menos, aulas assim.
(estive quase para dizer ao aluno que me fez revisitar a descendência de Úrano e Gaia, as origens dos Titãs e como Cronos foi uma espécie de Édipo original e o primeiro de uma longa série de seres atormentados na mitologia clássica, que não o denunciaria ao SE Costa por revelar um nível “enciclopédico” de conhecimentos…)
Lá no fundo , permitir ao professor ser professor e o aluno ser aluno .
Sem papeladas , grelhas , chatices e novas chatices. Muitas pseudo planificações apenas para ” inglês ver “.
Tempos complicados e difíceis para todos.
Criou – se (prepositadamente ? ) este cenário. Quem é bom professor é bom professor.
Quem é bom aluno é bom aluno.
Não haverá maus professores a recorrer a estas tretas para … serem considerados uns bons professores ?
Infelizmente é o que penso. E é triste.
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tem toda a razão…Magalhães….é o país em que vivemos….é tudo fachada e papelada…
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Flipped learning! 👏👏👏
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“Ninguém consegue fazer beber a um cavalo que não tem sede”, lá dizia o outro.
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Como te entendo! Quando isto acontece, ganhamos o dia.
Adorei a expressão do Pardal 😂.
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