Metáfora Ou Analogia De Um País A Fingir?

O episódio em que 16 castelhanos, desculpem, espanhóis, vieram até uma quinta ali pelo Ribatejo e abateram uma quantidade insana de animais que viviam em semi-cativeiro, para além de evidente cobardia (extensiva a certos articulistas-caçadores armados em marialvas serôdios) , é um exemplo daquilo em que o nosso país subdesenvolvido se acomodou a ser: um lugar aprazível, que se alinda para que venham cá estrangeiros deixar alguma esmola, maior ou menor, conforme as oportunidades e possibilidades. Não difere muito de Lisboa vendida aos turistas, e taxada a todos pela mais pequena coisa, pelo Medina ou de outras zonas do país, governadas por autarcas apanhados em saldos na distrital ou concelhia do partido mais “local”.

Não vale a pena muita indignação. Como há uns anos em Benavente, foram-se os sobreiros e ficou espaço para “turismo” ou qualquer coisa assim e se existir multa ou coima, acaba reduzida ou anulada numa 2ª ou 3ª instância ou fatiada e perdoada “pelos serviços”.

10 opiniões sobre “Metáfora Ou Analogia De Um País A Fingir?

  1. Por «O episódio em que 16 castelhanos, desculpem, espanhóis, vieram até uma quinta ali pelo Ribatejo e abateram uma quantidade insana de animais que viviam em semi-cativeiro, para além de evidente cobardia (extensiva a certos articulistas-caçadores armados em marialvas serôdios)…»
    proponho antes:
    «O atropelo em que 16 espanhóis, desculpem, imbecilecos, vieram até um histórico antro de malfeitores ali pelo Ribatejo e abateram uma quantidade insana de animais domésticos, para além de evidente cobardia (extensiva a certos articulistas-caçadores armados em marialvas serôdios)…»

    Quanto ao resto, discordo. O turismo, não é só uma forma de conseguir divisas, é uma forma de exportação que não implica disp:endios em transportes.
    Outra coisa é a parolice do costume… Na verdade, o turista que deixa dinheiro ‘à séria’, . tem preocupações ambientais e culturais. Importa-se com a sustentabilidade dos ‘produtos turístico’ que pode pagar muito bem.

    Atente-se que é preciso evitar a waltdisneyzação dos destinos e a excessiva massificação para que os benefícios do Turismo possam ser extensíveis a todos.

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    1. Raposo, nós não somos a Itália, França ou Grécia.
      Somos pequeninos, pelo que escasseia a monumentalidade.
      Temos comida, sol e alguma paisagem.
      Não dá para deixarem dinheiro “à séria”.
      Se falham os aviões, sobram-nos os castelhanos em Elvas, Viana e os mais ousados em Lisboa e Cascais.

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      1. Mais de 14% do PIB é dinheiro à séria…

        https://www.sgeconomia.gov.pt/noticias/portugal-e-o-5-pais-com-mais-forte-contributo-do-turismo-para-o-pib.aspx

        https://expresso.pt/economia/2019-12-18-Turismo-portugues-cresceu-mais-41-pontos-percentuais-que-o-resto-da-economia.

        Quanto ao COVID, a maleita há de passar, se não se fizerem mais disparates destes a coisa vai voltar a ser o que era, ou melhor ainda. Mesmo que não sejamos a França, nem a Itália, nem a Espanha, nem…

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  2. Acordaram agora para este problema? O que aconteceu na Azambuja acontece todos os dias de caça por todo o nosso país. À falta de animais para caçar, criam-se coelhos, lebres e perdizes “à mão” que depois são abatidos em massa para deleite destes imbecis. Pior, continua a ser prática corrente a “desbichagem” que consiste no abate de potenciais predadores das espécies cinegéticas como, por exemplo, ginetas, saca-rabos, raposas ou águias. Tramados por uma selfie ou isto é apenas uma orgulhosa atitude de beto da cidade que não faz a mínima ideia da realidade rural?

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