Dia: 13 de Setembro, 2018
E Depois Entramos no Reino da Paródia
A Anabela Magalhães chamou a atenção para uma peça da RTP que parece uma autêntica paródia acerca dos salários dos professores dos vários níveis de ensino. A superficialidade da análise é a habitual nestes casos e o mais certo é estarem a comparar o salário de um assistente do 1º triénio do politécnico ou assistente estagiário universitário (1636,83€) com o de um professor do básico/secundário no mítico topo da carreira (3.160,02€) a que ascenderam algumas centenas de colegas nos últimos meses.
Basta ver que um assistente do 2º triénio do politécnico, sem mestrado ou doutoramento ganha 2.209,72€, enquanto um assistente universitário ganha pelo menos 2.291,56€ que é mais do que eu ganho no 6º escalão da carreira docente não-superior (2.159,73 €), mesmo tendo mestrado e doutoramento e quase 30 anos de serviço.
E nem é bom questionar a razão da diferença entre os rendimentos d@s colegas do pré-escolar e os do 3º ciclo. Porque não existe. É uma falsidade. A tabela salarial é a mesma.
Ao fazer este tipo de serviço, a televisão pública não presta serviço público mas serviço político. Da pior qualidade.
E não adianta escrever ao provedor, porque ele gosta é dos moitasdedeus.
Se a OCDE não é responsável por esta vergonhosa manipulação dos dados para intoxicação da opinião pública? Acredito que não, mas talvez fosse melhor verificar com que palha o IGeFE alimenta os seus estudo. Porque a credibilidade de um estudo também depende da análise crítica das suas “fontes” que não são imunes ao escrutínio só por serem “oficiais”.
O Alzheimer Ataca Mais Forte Na Classe Política
Carlos César, o inefável presidente do grupo parlamentar do PS, declara hoje “que, na solução encontrada para o descongelamento das carreiras, o Governo “foi um pouco sindicato” dos professores que “têm sido muito prejudicados pelo radicalismo sindical”.
Relembremos que Carlos César é o inefável presidente do grupo parlamentar do PS que no dia 15 de Dezembro de 2017 a favor de um projecto de resolução (nº 1180/XIII da autoria de Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira) em que se afirmava:
Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, a Assembleia da República recomenda ao Governo que, em diálogo com os sindicatos, garanta que, nas carreiras cuja progressão depende também do tempo de serviço prestado, é contado todo esse tempo para efeitos de progressão na carreira, e da correspondente valorização remuneratória.
Reparem no detalhe da iniciativa no site do Parlamento:
2017-12-15 | Votação Deliberação
Votação na Reunião Plenária n.º 27 Aprovado
A Favor: PS, BE, PCP, PEV, PAN
Abstenção: PSD, CDS-PP
Carlos César terá estado ausente nesta sessão? O grupo parlamentar do PS terá votado à sua revelia? Terá funcionado como um “sindicato”? Porque não foi o governo que votou, mas sim o grupo parlamentar dirigido pelo próprio Carlos César.
Em resumo… e se Carlos César resistisse à tentação da aparecer e falar sobre tudo e nada, sendo que ele sabe mesmo pouco sobre a maioria dos assuntos sobre os quais se pronuncia?
Ou é mesmo falha de memória?
Há Semestres Mais Iguais Do Que Outros
Eu quando me semestralizarem alguma coisa quero ficar com o primeiro semestre, pois tem uns feriados giros e bem distribuídos e apenas as férias de Natal. Já o segundo, leva com o Carnaval, a Páscoa e a partir de finais de Maio já ninguém tem paciência para aquilo e começa a estar calor, pelo que acaba por ser apenas um trimestre comprido e chato.
Mas Claro Que Sim, Por Isso É Que Nos Invejam Tanto
Imagem publicada por Florbela Mascarenhas no Fbook