Um dos textos de início de ano que mais me divertiu escrever, talvez por já não ter grande esperança nas palavras e actos de quem tem o poder de mando.
A normalidade como algo excepcional
Está tudo “normal”, dentro daquilo que acaba por ser uma espécie de insanidade anual.
(…)
O ano lectivo de 2018-19 começa dentro da “normalidade”, sou obrigado a concordar, se quiser enquadrar-me com o espírito dos tempos. Porque vivemos um tempo marcado pela “velocidade”, pela “incerteza”, pela “mutação permanente” e por um “novo paradigma”, em que as “novas competências para o século XXI” obrigam à redefinição do “perfil de desempenho” dos indivíduos e ao reforço da sua adaptabilidade a um “mundo em mutação”, numa perspectiva de “inclusão”, em que é redefinida a noção de “sucesso” de acordo com a “capacitação” de cada um e não a partir de uma “parametrização” ditada por uma concepção educacional oitocentista, recusando a visão imobilista e conservadora que encara as escolas como um espaço limitado por paredes físicas e conceptuais e condicionada pela avaliação dos produtos da aprendizagem e não pela diferenciação dos processos de ensinagem.
Agora, por favor, releiam o último parágrafo de um só fôlego e tentem não sorrir tanto quanto eu ao escrevê-lo.
Excelente texto, mais uma vez.
Há ali um lapso quando aparece 2014 em vez de 2004 quando se fala do Justino/Seabra.
Bem haja.
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Chuifff…
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Este último parágrafo deixa qq um/uma sem fôlego, na verdade….ehhhhhh……
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Sinto pouco fôlego…ou nenhum para iniciar mais uma batalha escolar!
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Muito bom, Paulo.
Bom ano letivo para todos.
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Muito bom! Só não dá vontade de rir, porque a percepção da realidade é demasiado dura para tal. Só se sente, mesmo, raiva!
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Tu querias era um estrado na sala, livro único, bata a condizer, bico calado, aulas a partir do feriado do 5 de Outubro, calor no Verão e frio no Inverno!
E depois, ríamos de quê? Seu retrógrado que não entende as idiossincrasias da língua, o mundo novo, o futuro radioso e os amanhãs que cantam!
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🙂 🙂 🙂 🙂
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motta,
Ehehehhh !
As férias fizeram de ti um homem novo e moderno !!!! P’rá frente , mesmo !!!
Abraço
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Último parágrafo ?
Só de um fôlego …….. ” respirem fundo enfezadinhos ” !!!!!
Alta competição !
🙂
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Parabéns por mais um texto fantástico. Ok, é de lamentar o tal lapso, mas o último parágrafo é realmente uma delícia!
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É daquelas peças que a pessoa imprime e guarda. E fotocopia e oferece, sem medo. E que faz comprar jornais, vários. Noutros tempos, aparecia logo afixada nos placares das salas dos professores 🙂
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Incrível de tão normal! Adorei o texto 🙂
Concordo com a Margarida, divulga na sala dos professores!
Bom ano a todos 🙂
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Grande Paulo !!!!!
… “Só que vivemos tempos em que o primeiro-ministro considera ser um “sucesso” o facto do maior incêndio florestal até à data (afirmações de 10 de Agosto) não ter causado vítimas mortais como se, de novo, se considerasse como critério de excepcionalidade o que deveria ser apenas normal. “…
Tantas verdades !
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Muito Bom.
O último parágrafo foi de “levar às lágrimas de gargalhada” pelo “Nada com Muito” e ao arrepio pelo “velho com embrulho novo”.
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